SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
janine milward
Os Luminares:
Sublime Yang e Sublime Yin
Aqueles que
nos apresentam nossos Processos de Individuação
dentro do
Planeta Terra
A Lua, antes de mais nada,
vem imajar nossa Alma que traz em seu bojo, nosso Espírito - que por sua vez
será imajado por nosso Sol. A Lua, ou melhor, a Alma, vem encarnando e se
materializando ao longo da vida do nosso Universo. Esse sentido de histórico de encarnação e de
enraizamento da Alma nos é imajado através da Lua.
O Sol é a imagem mais
semelhante ao nosso Espírito - que se aloja dentro da Alma que se encarna no
Planeta Terra. Nosso Espírito é ligado
ao Tao da Criação e se materializa através nossa Alma nesse Planeta Terra,
lugar de Trabalho e de Iluminação. Nosso
Espírito é um pedacinho do Absoluto do Tao da Criação.
A Lua é o
arquétipo da mãe - tanto em seu sentido divino como principalmente, em seu
sentido materializado. Portanto, é
através da Lua que nos enraizamos no Planeta Terra, que fundamentamos nossas
raízes planetárias, que encontramos nossa família, nosso lar, nosso abrigo.
A família
composta de pai e mãe nos levará à nossa adoção de nosso nome pessoal e de
nosso sobrenome familiar, formando assim, nossa identidade por completo. É aqui que encontramos com o Sol, o arquétipo
do grande pai, fundamentalmente dentro do seu sentido mais divino... porque o
arquétipo do pai encarnado será visto através de Saturno.
Os
Planetas Pessoais
As energias intensamente pessoais,
pertencentes ao nosso Eu Sou, ao nosso Eu Tenho, ao nosso Eu Penso são atuadas,
vivenciadas, pelos arquétipos intensamente pessoais em termos de Planetas: Marte, a ação direta e incisiva; Vênus, a
bela do desejo; e Mercúrio, o mensageiro dos deuses, o desenvolvimento de nossa
mente e de nossa movimentação e troca dentro da vida.
Esses são, portanto, considerados os
Planetas Pessoais, tradicionalmente. A
eles, também poderemos incluir Vulcano, aquele que realiza com suas mãos tudo
aquilo que a mente mercuriana produz e necessita para sua vida no Planeta
Terra.... e certamente, o Planeta Terra,
nosso lugar natal de moradia e de enraizamento, nossa Mãe-Gaia.
O Planeta Pessoal mais identificado com
o impulso primeiro de vida é Marte, a ação direta e incisiva, aquele que
sempre está realizando seus novos começos, o capitaneador, a liderança, a
impulsividade da realização da vida, ainda ausente de outras questões, apenas
trazendo consigo a semente contenedora da nova existência.
O Planeta Pessoal mais identificado com
a fixação no Planeta Terra de tudo aquilo que significou o impulso primeiro de
vida agilizado Marte, é, tradicionalmente, Vênus, a bela do desejo.
Que desejo é esse? É o desejo de
plenitude da materialização: todas a sementes precisam ser bem plantadas e
enraizadas e crescidas e amadurecidas de forma que todos os requisitos de vida
dentro do Planeta Terra possam vir a ser bem atendidos! Sabemos que tudo em nossa vida advém da
natureza como um todo. Pois bem, tudo isso
acontece a partir do desejo de plenitude de materialização manifestado por
Vênus.
Também esse desejo venusiano vai nos
falar sobre o desejo do Eu Sou se encontrar com seu Outro e tornarem-se Nós
Somos. Portanto, dentro do arquétipo
venusiano podemos vê-la atuando seu Encontro com seu Outro - com Marte: é a
bela do desejo do seu Outro. E podemos
vê-la atuando sua plenitude de materialização através da manifestação do seu
desejo - novamente se dirigindo para seu Marte, sim, porém agora de maneira
diversa: aqui, Vênus, a bela do desejo, manifesta seu desejo para que este seja
atuado, realizado, pela ação direta e incisiva e impulsiva de Marte!
O Planeta Pessoal mais identificado com
o desenvolvimento da mente e suas conseqüentes ações e movimentações depois que
a vida foi lançada em suas sementes e plenamente enraizadas em sua natureza....
é Mercúrio, o mensageiro dos deuses, o desenvolvimento de nossa mente,
nossa movimentação e nossas trocas com o mundo.
É certo que também aqui encontraremos uma co-regência sendo doada a
Vulcano, o artesão dos deuses e dos homens.
Aquilo que mais identifica o homem e o
diferencia dos animais e do restante da natureza, e que o homem usa sua mente
não somente para realizar artesanalmente aquilo que precisa para sua vida poder
acontecer dentro do Planeta Terra.... - porque muitos dos animais também assim
fazem -, mas o homem usa sua mente para transformar, literalmente, toda a
natureza, como um todo, tornando-se, dessa maneira, um co-regente da Criação
sob o Tao.
Essa transformação da natureza do Eu
Sou e do Eu Tenho através do Eu Penso, traz a realização maior de Mercúrio
aliado a Vulcano.
E é certo que também Mercúrio e Vulcano
funcionam em boa dupla de ação, em bom conjunto arquetípico, quando se tratam
das comunicações como um todo, do comércio, das trocas, da vida vicinal e
dentro do feudo e dentro da família que se reúne dentro dessa vicinitude e
dentro desse mesmo feudo.
No entanto, quando se trata do uso da
mente - do Eu Penso - no sentido da interiorização e da expansão dessa mente
através do pensamento e dos conhecimentos que vão sempre sendo ampliados,
incessantemente e em progressão geométrica ilimitada e eterna... aí então temos
a ação de Mercúrio atuando como o verdadeiro mensageiro dos deuses e dos
homens, realizando a fusão do homem entre o céu e a terra.
Os Planetas
Sociais
Júpiter - deus dos deuses, benfeitor e justiceiro
Júpiter nos revela a forma ideal de
podemos nos conscientizar de nosso Dharma, nossa essência, nossa maneira de
lidar com a vida como um todo, nosso Trabalho de Espiritualidade e de
Iluminação.
Sempre os
lugares onde encontramos Júpiter - moradia natal ou lugar em trânsito - são
abençoados no sentido de que ali encontramos nossa possibilidade de
vivenciarmos nosso Dharma, nossa real essência, nossa maneira natural de agirmos
e conduzirmos nosso livre-arbítrio.
Júpiter é o
deus dos deuses, benfeitor e justiceiro, sim, isso é certo, mas nem sempre
nosso Ego consegue compreender sobre suas benfeitorias e sobre suas justiças
sendo implementadas ao longo do seu caminho em nosso Risco do Bordado! Nem sempre nosso Ego consegue entender
questões ou eventos mais infaustos em nossa vida como sendo de justiça e de
benfeitoria! Mas esse não é o caso da Alma:
a alma sempre consegue entender tudo; é claro, é a Alma quem teceu o Risco do
nosso Bordado!
A verdade é:
em sendo júpiter um Arquétipo voltado para o Dharma, para a justiça e para a
proteção, e para a expansão das
situações pessoais e coletivas, é preciso que os eventos que nos vão
acontecendo sejam também coadjuvados pelas demais pessoas junto a nós!
Saturno - deus do Karma, do tempo e do umbral
Saturno nos revela o nosso Caminho de
Encarnação, nosso(s) Trabalho(s) a serem realizados dentro da encarnação nesta
Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação. Assim, Saturno nos revela nosso(s)
Karma(s) que devemos vivenciar nesta vida. Karma é ação e sua potencial reação,
Samskara.
Sempre os
lugares onde encontramos Saturno - moradia natal ou lugar em trânsito - são
pontos fundamentais a serem concretizados em nossa vida no sentido de que ali
encontramos nossa possibilidade de vivenciarmos nossos Karmas e nossos
Samskaras - ações e reações em potencial - que trazemos acumuladamente, seja de
vidas passadas sintetizadas para serem resgatadas nessa vida de hoje, seja em
nossa vida atual. É sempre através de
Saturno natal e de Saturno em trânsito que encontramos os lugares onde temos
que concretizar nossa vida dentro do Planeta Terra e realizarmos nossas missões
de vida.
Saturno é o Senhor do Umbral porque nos
traz limites! Esse limite não é somente imposto pelo fato
de que o Planeta Saturno, dentro do céu objetivo da astronomia, é o último
planeta por nós visto a olho nú, com vista desarmada, sem instrumentos. É verdade sim, que de Plutão ao Sol, é sempre
Saturno o último Planeta a ser visto a olho nú; e da mesma forma, do Sol até
Plutão: por isso ele é chamado de Senhor do Umbral.
Mas o Senhor do Umbral possui outros
ditames, em si mesmo: ele nos diz claramente que a Terra é um Planeta de
Trabalho e de Iluminação e que é aqui, dentro de nossa encarnação propriamente
dita, dentro do nosso corpo físico onde nos encontramos com nossa Alma aliada
ao nosso Ego, que podemos realmente, dentro da materialização plena, exercermos
nosso Trabalho e nossa Iluminação e mais, nossa Liberação ou Imortalidade. É aqui, na Terra, que vamos resgatando e
vivenciando nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - e vamos
cultivando nosso Dharma e conseqüente livre-arbítrio, até que finalmente, após
um número imenso de encarnações, possamos nos tornar aquilo que conhecemos como
Semente que não nasce de novo, ou Semente Queimada, ou seja, um Bodhisattva, um
ser que não mais tem Karmas nem Samskaras negativos a serem resgatados e
vivenciados e finalizados!
Então, Saturno vem nos apresentar,
dentro do seu posicionamento em nosso Risco do Bordado, nosso lugar de maior
atenção e concentração em relação ao conjunto de Karmas e Samskaras a serem
vivenciados e resgatados em nossa vida, hoje, trazidos de nosso passado. E ao longo de seu Trânsito através nossas
Doze Casas Astrológicas, Saturno vai nos relembrando, concretamente, se estamos
cumprindo com nossas missões dentro daqueles Cenários que acolhem aqueles
Arquétipos e que não nos esqueçamos, um minuto sequer, que o tempo passa e anda
sempre para frente... é por isso que
Saturno também é o senhor do tempo.
Saturno quer que cumpramos nossas missões de encarnação, para que não
percamos tempo, para que ganhemos essa encarnação, para que ajamos com
seriedade e com compromisso em relação ao nosso Risco do Bordado e suas metas a
serem bem realizadas, nessa vida.
..................................
O
posicionamento dos Planetas Sociais - Júpiter e Saturno - dentro de nosso Risco
do Bordado ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos
ou menos harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos
são bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com
os eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! ! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma
adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco
de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores
coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
A Ponte
entre os Luminares e os
Planetas Pessoais e os Planetas Sociais...
e os Planetas Transpessoais ou Universais
Quíron - curador ferido e Mestre dos mestres
Quíron,
Mestre dos Mestres e Curador Ferido, é uma pedrinha, um Planetóide que faz sua
volta em torno ao Sol em cerca de 49 anos, porém sempre dentro das cercanias
entre o mundo da manifestação, atuado por Saturno, e o mundo da
não-manifestação, atuado a partir de Urano.
Sendo assim,
enquanto Curador Ferido, Quíron faz parte do mundo da manifestação, através de
sua imagem de centauro, metade homem e metade cavalo. Sua ferida aconteceu em sua parte inferior,
animal; seu ato de curador se encontra, no entanto, em sua parte superior, de
homem. E enquanto Mestre dos mestres,
Quíron foi criado por Apolo e por Minerva e de tudo sabe e de tudo ensinou aos
homens. No entanto, Quíron foi rejeitado
por seu pai, deus Saturno, e por sua mãe, ninfa Filira. E acabou também um estranho no ninho, dentre
os centauros, porque vivia junto aos deuses e aos conhecimentos que vigoravam
no Olimpo. Por não se sentir fazendo
parte nem do mundo dos deuses, nem do mundo dos homens e nem do mundo dos
animais, refugiou-se em um monte que dava para o oeste - o lugar do retiro -,
ao lado do Olimpo onde júpiter reinava..., e ali se casou e teve sua filha e
recebia seus discípulos que lhe procuravam para saberem mais sobre si mesmos em
seus auto-conhecimentos e em suas ânsias por conhecimentos. Dali, seus discípulos saíam como heróis que
eram.
No entanto,
Quíron, que havia sido ferido em sua parte animal, certa vez, nunca quis na
verdade se curar - mesmo sabendo e podendo fazer isso. E por que não quis se curar? Porque assim ele poderia saber da dor do
homem, em sua parte animal. E por ele
poderia se curar, sem dúvida alguma?
Porque era um semi-deus, mas queria ensinar os homens a também serem
semideuses, ou seja, heróis.
Sempre nos
lugares onde encontramos Quíron - moradia natal ou lugar em trânsito -
estaremos nos encontrando com nossa dor, com nossa ferida e ao mesmo tempo
estaremos nos encontrando com a solução para nossa dor, para a cura de nossa
ferida. Ao fazermos isso, ao bem
sabermos sobre a dor pessoal e sobre a dor coletiva, a dor do Outro, saberemos
como curar a nós mesmos e à coletividade, como um todo. E assim, nos tornaremos mestres dentro
daquelas circunstâncias.
Quando
Quíron vai se encontrando, em Trânsito, com os demais Arquétipos, também lhes
vai conferindo seu ponto de dor e seu ponto de mestria, ou seja, vai lhes
conferindo maior ampliação de suas consciências arquetípicas.
Não podemos
nos esquecer que ora Quíron transita próximo ao Saturno - dentro do mundo da
manifestação -, e ora transita mais próximo ao Urano - dentro do mundo da
não-manifestação. então, ora ele nos
leva à dor e à mestria de buscarmos nossa consciência em sua plenitude dentro
da materialização e do cumprimento de nossas missões planetárias - em Saturno e
em Capricórnio -, e ora ele nos leva à dor e á mestria de buscarmos nossa
consciência em sua plenitude dentro da extrapolação, da dimensão mais elevada,
para ainda além do mundo da materialização - em Urano e em Aquário. E certamente, a partir de Saturno em relação
ao Sol, Quíron nos leva a assumirmos nosso lado animal e humano. Porém, a partir de Saturno em relação à
exterioridade de nosso Sistema Solar, passando por Urano e por Netuno e por
Plutão e pelo Transplutoniano, Quíron, nos leva a assumirmos nosso lado
semideus e herói, nosso ser superior que habita dentro de nós e que precisa
também vir a ser exteriorizado, através nossos Caminhos da Iluminação e da
Liberação ou Imortalidade.
.......................
Em sendo
Quíron um Arquétipo voltado para atuar como ponte entre o mundo da manifestação
saturnino e o mundo da não-manifestação a partir de Saturno, voltado também
para a dor animal e sua cura humana, voltado para a busca de sua emancipação
animal e humana como ser superior, voltado para a mestria...., as situações
pessoais e coletivas, é preciso ver que seu posicionamento natal e os eventos
que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas demais pessoas junto a
nós!
O
posicionamento da Ponte de Quíron dentro de nosso Risco do Bordado ou mesmo em
Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos harmoniosos -,
nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são bastante sociais e
coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os eventos e as ações
das pessoas em torno à nossa vida! Sendo
assim, é sempre necessário que haja uma adequação de tempos, dentro dos eventos
e das situações acontecidas, no palco de nossa vida, nos textos, nos cenários,
dos atores principais e nos atores coadjuvantes da grande peça de teatro de
nossa vida.
Os Planetas Transpessoais ou Universais
Urano
- despertador da consciência mais elevada, corte guilhotinal e
inesperado
Veremos
Urano, o despertador, como aquele que
começa a dar início às conclusões dos
ciclos anteriores e mais recentes desse Planeta e da busca de uma fusão mais
ampla entre os mundos da manifestação e da não-manifestação, entre a
objetividade e a subjetividade da vida como um todo. Essas conclusões serão ainda também
manifestadas, em seguimento, por Netuno e por Plutão e pelo Transplutoniano,
que eu denomino de Ísis.
Sempre nos
lugares onde encontramos Urano - moradia natal ou lugar em trânsito - estaremos
encontrando nossa possibilidade de ampliação de nossa consciência. Essa ampliação de nossa consciência é
fundamental no sentido de nos aprofundar em nosso auto-conhecimento e na conscientização
plena acerca de quem somos nós e quais são nossas missões de vida a serem
cumpridas. É sempre através dos lugares
de Urano natal e de Urano em trânsito que encontramos nosso referencial para
nosso Revirão de vida.
Urano mora
sete anos em cada Signo e por conseguinte, em cada Casa astrológica, de forma
geral. Faz seu ciclo total 12 X 7 = em 84 anos. É sempre bom que possamos ansiar alcançar
nossos 84 anos. Existe um ideal de
longevidade em nossa vida. esse ideal de
longevidade não exatamente repousa no sentido de viver por longo tempo
saboreando e se divertindo, na vida....
mas sim dentro do conceito de que, em vivendo mais, teremos mais e mais
oportunidades de irmos ampliando nossa consciência! Portanto, aos 84 anos - se pudermos alcançar
essa gloriosa idade -, estaremos podendo olhar para trás, em nossa vida, e quem
sabe nos dizer a nós mesmos: consegui!
Quando a
alma vem para a encarnação, ela diz: Eu Farei; ao longo de sua vida aqui na
Terra, ela diz: Eu Faço; quando de sua saída da encarnação, ela diz: Eu
Fiz. É bom que quando dissermos Eu Fiz,
que isso vá significar real proficiência de cumprimento de metas da vida e real
ampliação da consciência. Dessa forma, nossa vida seguinte poderá estar mais
leve, menos carregada de situações de Karmas e Samskaras - ações e reações em
potencial - que nos leve e nos submeta a resgates e vivências por longos
tempos.... ao contrário, que a gente
possa logo logo se desembaraçar dos mesmos e continuar em nossa longa jornada
de irmos ampliando mais e mais nossa consciência.
A verdade é:
viemos ao Planeta Terra, em termos do mundo da manifestação, para buscarmos uma
muda de roupa.... E em termos de mundo
da não-manifestação, para ampliarmos nossa mente. Não nos esqueçamos que é
Quíron quem faz a ponte entre o mundo da não-manifestação - de Saturno em
relação ao Sol; e o mundo da não-manifestação - de Saturno em relação à
exteriorização do Sistema Solar.
É somente
nossa mente que levamos de uma encarnação à outra, somente nossa mente, somente
nossa mente. O quão máximo possível a
gente puder ampliar a mente, em uma encarnação, melhor! Nossa longa jornada - como nos diz o Mestre
do Tao, Lao Tsé, fica mais encurtada, mais leve, mais consciente.... até nos
tornarmos Bodhisattvas, um ser de compaixão que desce ao Planeta para ajudar as
demais almas em suas encarnações a serem mais conscientes e tornar suas
jornadas mais leves.
Exatamente
porque Urano é o Despertador, é também o Inesperado, é também o corte
guilhotinal, o abrir e o fechar da cortina ainda antes do ato começar ou do ato
terminar... Tudo isso pode acontecer em termos de Urano porque aqui
encontraremos o chamado tempo Kairós, ou seja, tudo aquilo que acontece em seu
próprio tempo, assim como o Tao, em seu Wei Wu Wei, tudo em seu tempo certo,
nem antes e nem depois.
Lao Tsé nos
diz, no Capítulo 25 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude:
O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
O Tao se orienta por sua própria natureza
Sendo assim,
veremos que os dois primeiros versos vão nos falar de uma orientação sob o
ponto de vista de Saturno, o senhor do umbral, o senhor do tempo, Kronos. No entanto, os dois versos seguintes, o
terceiro e o quarto, vão nos falar de uma orientação sob o ponto de vista a
partir de Saturno em direção ao Sistema Solar em sua exteriorização, ou seja, a
partir de Quíron e fundamentalmente, a partir de Urano, o Despertador, aquele
que nos aponta para os novos caminhos - desde que os caminhos tradicionais
ditados por Saturno tenham sido realizados e bem sucedidos.
Como um
exemplo: uma semente tem seu tempo certo para explodir e deixar sair seu sêmen
que adentrará a terra e trará a vida a uma nova planta: esse é o Despertar do
tempo Kairós ditado por Urano. Sendo
assim, vemos que aqui existe o Inesperado.
O Inesperado é não-esperado em seu tempo Kronos, tempo ditado por
Saturno. O tempo de Urano é o tempo
Kairós e se orienta por sua própria natureza, assim como o Tao. É por isso que volta e meia vemos que existe
a sensação de corte guilhotinal dentro da energia arquetípica de Urano: é que
não estamos preparados para tanto, estamos apenas sintonizados, de uma forma
geral, com a energia arquetípica de Saturno e de Capricórnio, ou seja, tudo
projetado dentro do tempo Kronos.
Em Urano e
em Aquário, o tempo é Kairós, o Wei Wu Wei, a ação dentro da não-ação, onde
tudo acontece dentro de sua própria natureza, dentro de sua própria
naturalidade. É por isso que sentimos
que essa naturalidade dos eventos uranianos é Inesperada e atua como um Corte
quase guilhotinal... No entanto, é
preciso que vejamos tudo isso como o Despertar para uma nova forma de ser e de
agir, dentro de uma maior expansão da mente e da consciência, é uma visão que
se abre para uma nova forma de se compreender o homem, a terra, o céu e o Tao.
Então, o
posicionamento natal de Urano em nosso Risco do Bordado irá nos apresentar
essas questões. E mais: irá também
sempre nos revelar nosso lugar de maior Revirão de Vida, de maior revolução em
nossa mente e em nossa consciência e conseqüentemente, em nossa forma de ver e
de agir o mundo e nossa vida. E em
termos de trânsitos de Urano ao longo das Doze Casas de nosso Risco do Bordado,
esses mesmos sentimentos estarão sendo levados, arquétipo após arquétipo, em
Casas e Signos e Luzes.
Como já
dissemos mais acima, são sete anos de Urano mora em um signo, e portanto, de
uma forma geral, nos trazendo também cerca de sete anos morando dentro de uma
determinada Casa e realizando seus Aspectos com nossas Luzes natais! Urano demora cerca de 84 anos para retornar ao
seu posicionamento natal, original. Da
mesma forma, são 84 anos que levam para Urano passear da Casa Um até a Casa
Doze, inclusive, e retornar à Casa Um.
São também
84 anos que Urano leva para retornar ao seu lugar original, formando o mapa que
representa o desejo de nossa Alma em relação à sua encarnação. É certo que podemos esperar até aquela nossa
idade para sabermos sobre esse desejo.... mas é mais certo ainda que sempre
poderemos saber antes e ir vivenciando nossa vida, tecendo nossa vida, no
sentido de realizar a boa fusão entre os desejos mais subjetivados de vida da
Alma e os desejos e as possibilidades mais objetivadas de vida que são
realizadas por nosso Ego. Para tanto, o
mapa formado a partir do Retorno de Urano ao seu lugar natal é sempre revelador
dessas circunstâncias. Mais à frente, em
nosso Curso Amigos das Estrelas, estaremos abordando esse tema. Aguarde.
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Em sendo
Urano um Arquétipo voltado para o Despertar da Consciência, para o corte
guilhotinal e para os eventos inesperados, nas situações pessoais e coletivas,
é preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas
demais pessoas junto a nós!
O
posicionamento do Planeta Transpessoal Urano dentro de nosso Risco do Bordado
ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos
harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são
bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os
eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma
adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco
de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores
coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Porém, em
sendo Urano o Planeta da Sincronicidade - a relação direta e incisiva entre o
céu e a terra: assim como no céu, é na terra... -, quase sempre podemos também
levar em consideração o grau absolutamente certeiro, em graus, minutos e
segundos! - do Aspecto em questão, fundamentalmente em se tratando da Conjunção
e da Oposição!
Netuno - inefável, sutil e transcendente; escapista, drogado e medicante;
lamuriento, marginalizado, difuso, esfumaçado, perdedor
Sempre nos
lugares onde encontramos Netuno - posição natal e lugar em trânsito - são os
pontos referentes a tudo aquilo que devemos trazer da subjetividade à
objetividade, em nossa vida. Porém, em
sendo Netuno um arquétipo de real transcendência, é sempre muito difícil
sabermos a que essa subjetividade se refere.
Sendo assim, a maioria das pessoas perde a boa oportunidade de vivenciar
a real dimensão de elevação espiritual advinda de Netuno e vivenciam tudo isso
através de escapismos vários e infelizmente, da adição às várias drogas e aos
vários vícios.
É sempre
dentro dos lugares de posição natal e de posição em trânsito que Netuno nos
revela sobre as verdades subjetivas de nossa vida que precisam ser trazidas à
objetividade. Assim acontecendo, sonhos estruturados em ilusão... se esfumaçam
no ar.... e apenas permanecem os sonhos estruturados nos reais desejos da Alma.
Netuno é um
Planeta extremamente singular, em sua arquetipologia. Digo isso porque não se tem muito como descrevê-lo,
ele sempre nos escapa à compreensão. É
um Planeta que possui sua energia intensa sobre as pessoas voltadas para a arte
e para o espírito, para a religiosidade e para a espiritualidade. Porém, quando as pessoas não são voltadas
para essas questões ou mesmo se as usam de forma um tanto enganada - algo bem
comum a acontecer estando Netuno envolvido -, suas tendências é a objetivar
Netuno através de vícios, escapismos, drogas, esfumaçamento da verdade e das
situações da vida.
De alguma
forma, sendo Netuno o arquétipo semelhante aos Peixes e à Casa Doze, existe
sempre um sentimento de perda envolvido com o Planeta da Transcendência. E por que falamos em perda? Porque tanto Peixes quanto a Casa Doze são
sinônimos de conclusões, de términos, de finalizações. Quase sempre, essas questões são vistas como
perdas.
Sendo assim,
Netuno pode apontar, em nosso mapa astral, em nosso Risco do Bordado, o lugar
onde passamos por perdas - efetivamente dentro do mundo da manifestação..., e
ao mesmo tempo, o lugar onde essas perdas se transformam em ganhos -
efetivamente dentro do mundo da não-manifestação. Trocando em miúdos: em se tratando de Netuno,
de Peixes e de Casa Doze, as perdas são mais objetivas quando vistas e sentidas
e vivenciadas dentro do mundo da manifestação.
Quando as perdas são mais subjetivas e vistas e sentidas e vivenciadas
dentro do mundo da não-manifestação, elas são transcendidas em ganhos.
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Em sendo
Netuno um Arquétipo voltado para a Transcendência, para as conclusões e para as
perdas, para os esfumaçamentos, escapismos.... nas situações pessoais e
coletivas, é preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam também
coadjuvados pelas demais pessoas junto a nós!
O
posicionamento do Planeta Transpessoal Netuno dentro de nosso Risco do Bordado
ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos
harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são
bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os
eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma
adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco
de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores
coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Plutão - metamorfoseador e regenerador
Plutão é o
deus dos mundos ínferos, compartilhando com seus irmãos, os reinados entre o
céu e a terra: Júpiter assumiu o posto de deus dos deuses e dos homens, sentado
em seu trono no Olimpo, e Netuno assumiu os mares. Plutão possui um tempo de translação de 248
anos e durante alguns anos dentro desse ciclo, acaba ele adiantando-se e
disputando com Netuno a posição de Planeta mais distante do Sol, rasgando e
invadindo o quintal netuniano... Plutão
mora durante vários anos em um mesmo signo, sem dúvida alguma, e por isso
mesmo, é considerado não tanto um Planeta inteiramente pessoal mas sim um
Planeta geracional, tecedor de gerações de Almas encarnadas, aqui, no Planeta
Terra.
Sempre nos
lugares onde encontramos Plutão - posição natal e lugar em trânsito - são os
pontos referentes a tudo aquilo que a Alma trouxe em sua bagagem de seus Vagões
do seu Trem da Vida para ser revivenciado nessa encarnação de aqui-e-agora. No entanto, toda essa bagagem acaba trazendo
alhos e bugalhos, digamos assim, questões relacionadas a remorsos e a culpas e
a ressentimentos, questões relacionadas a conhecimentos ainda não revelados ao mundo,
questões relacionadas à grande necessidade de purificação e de boa triagem
desses remorsos, dessas culpas e desses ressentimentos, desses conhecimentos
(quais devem ser realmente revelados e trazidos à tona e quais não).
E é
importante que se veja que sempre nos lugares onde encontramos Plutão - natal
ou em trânsito - são os pontos onde o deus dos mundos ínferos deverá realizar
seu grande revirão de vida, ou seja, se tivermos Plutão natal em Casa Cinco, a
Alma já bem conhece esse lugar e é exatamente nesse lugar que ela precisa
purificar e fazer boa triagem de sua bagagem plutoniana de forma a bem poder
executar sua vida de aqui-e-agora dentro da área oposta e complementar, a Casa
Onze. Da mesma forma, isso deverá
acontecer com o signo onde Plutão se encontra no mapa natal. A mesma questão também deverá ser operada em
termos do trânsito do Planeta metamorfoseador e regenerador.
Após termos
passado pela metamorfose e pela regeneração plutonianas, estamos
diante de uma nova compreensão acerca da vida e de suas verdades. É que
Plutão, bem como Saturno, é Senhor do Umbral. Saturno assim é chamado por
ser o último Planeta visível a olho nú, fazendo assim a fronteira entre o mundo
da manifestação e o mundo da não-manifestação.
Plutão, em
sendo o regente de Escorpião e da natural e correlata Casa Oito, nos traz o
sentido da metamorfose e da regeneração.
Tudo isso pode ser visto através o próprio desenho do número 8: é
o desenho do infinito. É o desenho do
Consciente aliado ao Inconsciente; é o desenho do mundo da manifestação aliado
ao mundo da não-manifestação; é o desenho de tudo aquilo que encontra sua
morte, sua transmutação, para caber dentro de uma nova vida, de uma
transmutação de sua realidade. Também em
Plutão veremos tudo aquilo que a humanidade entre si compartilha, a própria natureza e toda a riqueza que essa
natureza nos traz. Isso acarreta o
poder. Tudo isso, em seu 8 que acolhe a
infinitude, traz o conhecimento.
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Em sendo
Plutão um Arquétipo voltado para o poder e o conhecimento, segredos e mistérios,
para a metamorfose e para a regeneração, nas situações pessoais e coletivas, é
preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas
demais pessoas junto a nós!
O
posicionamento do Planeta Transpessoal Plutão dentro de nosso Risco do Bordado
ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos
harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são
bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os
eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma
adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco
de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores
coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Transplutoniano, que eu denomino de Ísis, guardiã dos
conhecimentos não-revelados.
Os Planetas
que vêm depois de Saturno - Quíron, Urano, Netuno, Plutão e o Transplutoniano
Ísis - são denominados de planetas transpessoais ou universais, ou seja, todos
possuem uma visão além da visão pessoal e social, é uma visão planetária e
também é uma visão universalizada. Plutão é Senhor do Umbral pois
permanece praticamente no limite dos Planetas conhecidos e assumidos pelas
ciências físicas e metafísicas (mesmo que recentemente tenha sido destronado...
pela astronomia, permanece incólume dentro da astrologia).
Plutão já
nos aponta para um novo mundo, uma nova visão da vida, já para além dos
parâmetros do nosso sistema solar, cujo soberano é o nosso Sol. E sempre
Plutão nos fala de muitos, muitos conhecimentos que guarda dentro de si, seus
mistérios, seus segredos.
Esses
conhecimentos somente poderão ser acessados após nossa passagem de metamorfose
e de regeneração plutonianas. E esses conhecimentos são guardados por
Ísis, a guardiã dos segredos do conhecimento.
O homem
ainda não está pronto para apreender o arquétipo de Ísis, porém logo, logo,
estará, sem dúvida alguma.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward