SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
A Revelação do Desejo da Alma
A Libertação das Ataduras da Mente
Parte I
Desejo e Não-Desejo
janine milward
Aquilo que
leva a mente a alcançar tais planos de existência, é o Desejo de realização do
homem dentro do mundo da manifestação e (o não-desejo) dentro do mundo da
não-manifestação.
Eu penso que
Lao Tse nos diz algo muito revelador:
Capítulo
17
Do supremo, o
inferior tem apenas ciência da existência
Do estado que o
sucede, intimidade ou admiração
Do estado
seguinte, temor ou desprezo
Não havendo
suficiente confiança, surge a desconfiança
Quem valoriza a
palavra, realiza a obra sem deixar rastros
Assim, o povo
achará que surgiu por si, naturalmente.
Interpretação
Janine Milward
A Terra é um lugar absolutamente
privilegiado para acolher a Vida, não é mesmo? Aqui, através dos milhares e
milhares de anos, houve a evolução da vida assim como a conhecemos até os dias
de hoje. Aqui, o homem tem sua verdadeira oportunidade de desenvolver sua
mente, de realmente se tornar o Caminho do Meio entre o Céu e a Terra. Aqui,
temos a honra de podermos optar por seguirmos os Caminhos da Iluminação e da
Liberação através a infinitização e iluminação da consciência e da vida...
No entanto, sendo um planeta de
plenitude de materialização, a Terra é um lugar de Trabalho e de Iluminação
sim, mas que cobra, e cobra muito por estas nossas encarnações, poro toda essa
natureza e seres que compõem este Planeta.
A Terra é um lugar bastante rico pois
possui ouro, muito ouro. O ouro é um material muito excasso em todo o universo
que conhecemos. Dentro da Cosmologia Espiritual, é exatamente a Terra um lugar
a Meio Caminho a Caminho do Céu..... por possuir ouro, é aqui que o homem se
torna Homem Sagrado em seu Corpo de Luz, ou corpo reluzente como o ouro do
espírito.
E é por isso mesmo que a Terra,
espiritualmente falando bem como materialmente pensando, é um planeta que
traduz a necessidade do Trabalho não apenas no sentido de todos os seres
buscarem e atuarem em relação às suas sobrevivências mas também no sentido de
irem evoluindo plenamente dentro da amplitude da materialização. E todos
sabemos que Luz é Matéria. Por isso, a Terra é um Planeta privilegiado porque
proporciona aos seus seres e à sua natureza, a evolução da vida, o
desenvolvimento da mente, a infinitização e iluminação da consciência e
posteriormente também da própria vida, da própria matéria.
No entanto, por estar assim tão
embasada dentro de sua intrínseca materialidade, de uma maneira geral, a Terra
produz seres pensantes, homens que usam suas mentes apenas para entenderem que
a vida existe por si mesma, somente para nutrir a sua própria materialidade,
ausentes de espiritualidade, de verdadeiro contacto, da plena fusão entre o Céu
e a Terra.
Assim, de uma maneira geral, existe uma
certa confusão entre o trabalho e o Trabalho a serem realizados neste planeta
de encarnação. E, fundamentalmente, existe um imensa confusão entre iluminação
e Iluminação a serem alcançadas nesta vida...
Nosso trabalho é aquele que nos traz o
ouro que precisamos para trocar pela nossa sobrevivência, aquilo que nos
diferencia dos animais, que trabalham naturalmente, buscando por uma natural
sobrevivência, sem estarem atados ao ouro e seu pseudo valor....
Nosso Trabalho (com t maiúsculo) é
aquele que faz de nossa vida realmente válida de ser vivida, no sentido de
ajudarmos uns aos outros a sobreviverem e viverem suas vidas, no sentido de
exercermos o verdadeiro valor da palavra Servir. É por isso que estamos todos
aqui reunidos nesse Planeta.
Nossa iluminação é aquela que nos é
traduzida como cultura, como aprendizado, com troca de informações e
comunicações, como a riqueza do desenvolvimento da mente no sentido de aprender
e apreender cada vez mais sobre o universo que nos rodeia e como lidarmos com
esse aprendizado, como vivenciarmos nossa vida dentro do Planeta Terra.
Nossa Iluminação (com i maiúsculo) é
aquela que nos é traduzida, não apenas através do pseudo saber que os livros e
toda a tecnologia dos dias de hoje podem nos oferecer e ensinar, mas
fundamentalmente, a Iluminação de nossa mente, de nossa consciência no sentido
de sua infinita amplitude, de sua profunda luz, de sua possibilidade de ir
apreender a sabedoria do Tao da Natureza – usando menos o racional e mais as
verdades brotadas a partir do mundo da interiorização, da meditação, da fusão
do Homem Sagrado com o Céu e a Terra.
.........................
Assim, no Capítulo 17, Lao Tsé vem nos
confrontar com estas verdades planetárias – o trabalho e a iluminação.... O
Trabalho e a Iluminação – e como podemos usar nossa mente tanto no sentido de
apenas strológ-la em sua materialidade de vida, dentro da riqueza da vida
material bem com no sentido de vivermos nossa vida no Planeta sim, porém,
voltados fundamentalmente e essencialmente para a nossa vida espiritual, para
nossa riqueza espiritual.
Para tanto, o Mestre do Tao vai
definindo as possíveis diferentes manifestações da inter-relação entre a vida
material e a vida espiritual, para as mentes voltadas apenas para a
materialidade e para as mentes já começando a buscar seu desenvolvimento dentro
do caminho da espiritualidade.
Do supremo, o inferior tem apenas ciência da existência
Do estado que o sucede,
intimidade ou admiração
Do estado seguinte, temor ou desprezo
Então, existem as pessoas que possuem a
ciência da existência da espiritualidade.... existem aquelas que não apenas
possuem essa ciência, com também exercem uma vida já voltada para a intimidade
ou admiração do mundo espiritual. E existem aquelas pessoas que se amedrontam
ou que revelam seu desprezo em relação à tudo aquilo que não seja tangível,
materializado, concretizado, dentro do Mundo da Manifestação...
Penso que também Lao Tsé não apenas
está confrontando os dois mundos: da materialidade e da espiritualidade. Ele
está nos dizendo que, mesmo dentro do mundo da espiritualidade, existem graus
mais elevados ou menos elevados de compreensão da verdadeira espiritualidade.
Sabemos todos que é o Mundo da
Não-Manifestação ou Céu Anterior, o Wu Wei, que faz nascer de si mesmo, com sua
imagem de desejo, o Mundo da Manifestação ou Céu Posterior, o Tai Chi, através
suas realizações concretas do Yang e do Yin, da Luz e da Não-Luz, do masculino
e do feminino.
Lao Tsé segue em sua jornada e nos
revela, já na estrofe seguinte:
Não havendo suficiente confiança,
surge a desconfiança
Ainda se voltarmos um pouco para a
primeira estrofe, em sua primeira linha, veremos que a palavra ‘supremo’ não
está escrita com s maiúsculo. Penso que Lao Tsé ali demonstra que as pessoas
estão confusas, ainda distantes da verdadeira espiritualidade. E é por isso que
o Mestre inicia a segundo estrofe ainda nos chamando atenção para o fato de que
‘não havendo suficiente confiança, surge a desconfiança’. Ou seja, se a
espiritualidade que o homem, através de sua mente, não for desenvolvida em sua
verdadeira amplitude espiritual e sim apenas em sua possibilidade de
materialização, não se está tratando ainda da verdadeira espiritualidade
advinda do Mundo da Não-Manifestação, apenas um prólogo, um ensaio, um simples
s minúsculo para se falar do supremo.
Quando surge a verdadeira
espiritualidade, quando o homem se torna o Homem Sagrado plenamente fusionado
ao Tao da Criação, trilhando seu Caminho da Iluminação e da Liberação, com
mente iluminada e infinita e vida infinita e iluminada, aí sim, aí não existe lugar
para a desconfiança, aí existe apenas a plena confiança.....
Quem valoriza a palavra, realiza
a obra sem deixar rastros
A verdadeira confiança surge da
verdadeira espiritualidade – que Lao Tsé, neste Capítulo 17, chama de ‘a
palavra’. Valorizando a espiritualidade, o Homem Sagrado realiza sua vida de
Trabalho e de Iluminação neste Planeta, com verdadeira humildade – virtude
máxima do Tao e do Te, o Caminho e a Virtude. Nesse caso, aqui também ‘a
palavra’ surge como aquela que parte do Mestre e do Tesouro do Espírito, o
Conhecimento das verdades do Céu e da Terra.
Por isso, o Mestre nos diz que o Homem
Sagrado “realiza a obra sem deixar rastros” bem como em vários outros Capítulos
também teremos a oportunidade de nos depararmos com o conceito da plenitude da
realização dentro da absoluta humildade.
Por que? Porque, assim, o povo achará
que surgiu por si, naturalmente.
No Capítulo 25, Lao Tse nos revela a
inter-relação entre o mundo da manifestação e o mundo da não-manifestação
dentro de sua plena naturalidade:
O homem se
orienta pela terra
A terra se
orienta pelo céu
O céu se
orienta pelo Tao
O Tao se
orienta por sua própria natureza
.............................
Aquilo que
leva a mente a alcançar tais planos de existência, é o Desejo de realização do
homem dentro do mundo da manifestação de forma que possa realmente realizar seu
não-desejo dentro do mundo da
não-manifestação.
Em toda sua
obra, Lao Tse nos diz que a maior Virtude é a Humildade. A humildade gera o desejo de expansão
ilimitada e iluminada da mente - dentro do Caminho da Iluminação. A humildade gera o não-desejo de cada vez
mais se aproximar e se realizar junto ao Tao, naturalmente - dentro do Caminho
da Liberação, ou Imortalidade.
Por isso,
Lao Tse nos diz, em seu Capítulo 37:
O Caminho é uma constante não-ação
Que nada deixa por realizar
Se reis e príncipes pudessem resguarda-lo
Os dez mil seres iriam se transformar por si
Porém, se na transformação despertassem desejos
Eu iria estabiliza-los através da simplicidade do sem-nome
A simplicidade do sem-nome também se inicia no não-desejo
O não-desejo traz quietude
O céu e a terra, por si, estarão em retidão.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward