SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
Parte II
Os Ciclos de Urano e o Grande Teatro da Vida
O Grande Teatro da Vida
Os Ciclos de Urano
O Ciclo dos
Sete Anos ao longo dos Doze Cenários
de nosso Risco do Bordado
Atos de Vida,
Aspectos, Retornos
janine milward
Se virmos a Mandala Astrológica como a
realidade do grande palco da vida, de nosso teatro de vida, que contém nossos
Doze principais Cenários..., veremos que o Ciclo dos Sete Anos podem vir a
acompanhar cada um desses Cenários, sem dúvida alguma.
(É também importante que vejamos que o
Ciclo de Doze Cenários dentro da Mandala Astrológica pode acontecer a partir da
Quíron astrológica onde nosso Urano natal mora em nosso Risco do Bordado,
tornando esse lugar como Ascendente e Quíron Um e realizando as demais Casas,
em continuidade, ao longo do Ciclo de 84 anos: 7 X 12 : 84).
NOSSO PRIMEIRO
ATO DE VIDA
Sendo assim, nosso Ascendente e
nossa Casa Um, em nosso Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos
um a sete, nossa chamada primeira infância, nossos anos de maior
importância em nossa vida, profundamente estruturadores de nosso Dharma e de
nossos Karmas e Samskaras, sem dúvida alguma.
O Ciclo de Casa Um vem reforçar nosso
Eu Sou.
Nossa Casa Dois, em nosso
Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos oito a treze, quatorze,
nossa pré-adolescência: não mais somos crianças .... mas também ainda não
exatamente deixamos de ser crianças, ainda estamos amadurecendo. Nesse Ciclo, já realizamos o primeiro Retorno
de Júpiter.
O Ciclo de Casa Dois vem reforçar nossa
consciência acerca de nossas necessidades básicas e da construção das mesmas,
em nossa vivência planetária. Eu Tenho,
Eu Construo.
Nossa Casa Três, em nosso
Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos quinze a vinte, vinte e um.... nossa adolescência: não mais somos crianças,
não mais somos pré-adolescentes, somos adolescentes e já estamos bem
amadurecidos, realmente - não totalmente, isso é verdade.... - já somos
considerados adultos.
Nesse Ciclo, realizamos nosso primeiro
Retorno do Trem da Vida, ou seja, nossas escolhas sobre nossa vida a-vir-a-ser
já se tornam mais definidas. É nesse
Ciclo que normalmente fazemos a passagem entre a finalização do Primeiro Ato de
Vida para a entrada do Segundo Ato de Vida.
O Ciclo de Casa Três vem reforçar nosso
pensamento pessoal e nossa compreensão pessoal sobre a vida e certamente também
nossa comunicação: quem somos nós, qual é a nossa construção necessária para
nossa vida, quem é nosso Outro, qual é o pensamento do nosso Outro, qual é a
sua construção necessária para sua vida.
Eu Penso, Eu Troco, Eu Comunico.
NOSSO SEGUNDO
ATO DE VIDA
Nossa Casa Quatro, em nosso
Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos vinte e um a vinte e sete,
oito.
Esse é um tempo realmente fundamental
em nossas vidas! Estaremos realizando
nosso Segundo Retorno de Júpiter e nos estaremos aprontando para o Retorno da
Lua Progredida e para nosso Primeiro Retorno de Saturno - ambos estarão dando
fecho a esse Ciclo e dando começo ao Ciclo seguinte. Dentro dos Atos da Vida, é nesse Ciclo que
estaremos dando começo ao nosso Segundo Ato de Vida, pois estamos bem
amadurecidos, realmente. Antigamente,
era nesse Ciclo que as pessoas normalmente se casavam, formavam suas famílias,
já possuíam uma maior estabilidade em termos de vida profissional e
familiar. Os filhos já chegavam.... hoje
em dia, existe uma preocupação maior, antes de mais nada, com as questões de
formação profissional... antes da formação familiar e do colocar filhos no mundo,
de forma geral - talvez dentro das classes mais privilegiadas
financeiramente. Mas eu diria que as
questões do passado ainda permanecem, na maioria dos povos não tão
privilegiados financeiramente e mais carentes de estudos.
O Ciclo de Casa Quatro vem reforçar
nossas raízes planetárias: quem somos nós, qual é a nossa construção necessária
para a nossa vida, qual é o meu pensamento é a minha compreensão pessoais sobre
a vida e quem é o meu Outro e quais são minhas raízes e quais são as raízes do
meu Outro. Eu Enraízo.
Nossa Casa Cinco, em nosso
Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos vinte e oito/nove, a trinta e
quatro, trinta e cinco.
Esse é um tempo de maior possibilidade
de nosso amadurecimento pois que estará sendo inaugurado pelo Retorno da Lua
Progredida e também pelo Primeiro Retorno de Saturno. Também estaremos acolhendo o Terceiro Retorno
de Júpiter, aos trinta e seis anos de idade.
É importante se dizer que ao alcançarmos nossos anos 33, fazemos um mapa
de revolução solar extremamente parecido, em termos de entrada das Casas
astrológicas, ao nosso mapa astral natal, com o retorno do Sol à sua posição
praticamente igual ao original! É por isso que se diz que os 33 anos de idade
são momentos de batismo real para a vida, de renascimento, de maior abertura da
consciência, até então, de forma que a Alma e o Ego possam se fusionar para bem
enfrentarem o tempo de Revirão da Vida, entre os 37 e 44 anos, tempos de
Oposição de Urano em trânsito ao Urano natal, que deverá acontecer no próximo
Ciclo.
O Ciclo de Casa Cinco vem reforçar
nossa identidade pessoal: quem somos nós, qual é a nossa construção necessária
para nossa vida, qual é o meu pensamento e qual é a minha compreensão pessoal
sobre a vida, quais são minhas raízes.... e agora, qual é a minha identidade
pessoal inteiramente amadurecida dentro de minha formação profissional, dentro
de minha família e dentro da herança que recebo e que passo adiante, para meus
filhos.
Nossa Casa Seis, em nosso
Risco do Bordado, vai nos falar de nossos anos trinta e seis/sete a quarenta
e dois/três/quatro.
Esse é o tempo de nosso Revirão de
Vida, a Oposição de Urano em trânsito a Urano natal, é o tempo em que,
normalmente, tomamos tenência de que nosso Trem da Vida deve ser vivenciado não
somente em seus Vagões e em seu Passageiro do Tempo - Nodo Sul e seu regente -
mas também, e fundamentalmente, em sua Locomotiva e no Motorneiro - Nodo Norte
e seu regente. Esse é o tempo de imensa
possibilidade de ampliarmos nossa consciência acerca de nós mesmos e acerca das
reais missões que temos que cumprir em nossa encarnação de hoje.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Seis vem
reforçar nosso Trabalho e o exercício em consciência plena sobre nosso
cotidiano de vida e de nosso Serviço Planetário. Eu Trabalho, Eu Sirvo.
A partir do Ciclo da Casa Seis, o ser está
pronto, efetivamente, para ingressar no Ciclo próximo, onde terá total
consciência acerca de si mesmo e do seu Outro e por isso mesmo, estará
inteiramente amadurecido para atuar seu Trabalho no mundo, pessoalmente, e ao
mesmo tempo, receber o Trabalho do seu Outro e com este mesmo Outro realizar a
real vivência planetária.
A PONTE
ENTRE NOSSO
SEGUNDO ATO E NOSSO TERCEIRO ATO DE VIDA
Nosso Descendente e Nossa Casa Sete, em nosso
Risco do Bordado, vem falar de nossos anos quarenta e dois/três/quatro a
quarenta e oito/nove/cinqüenta.
Esse é um Ciclo que vem nos falar ou de
finalizações de questões que viemos tecendo em nossa vida, nos Atos anteriores,
Primeiro e Segundo, ou de novos começos de questões que estaremos tecendo a
partir de então, pois já alcançamos uma imensa maturidade, a grande
proficiência de nossa vida que nos é dada pelo Retorno de Casa, em nossos 49/50
anos de idade. Também aqui estaremos
acolhendo o Quarto Retorno de Júpiter e estaremos, da mesma forma, nos
aprontando para ajustarmos as questões vivenciadas ao longo do Primeiro Retorno
de Saturno com as questões que deveremos vivenciar dentro do Segundo Retorno de
Saturno, cujo delineamento de seus primórdios de existência já se faz sentir.
Se tivermos sido bem sucedidos em nosso
Revirão de Vida, vivenciados no Ciclo Anterior, se tivermos uma maior
consciência a nosso respeito acerca de nossas missões a serem cumpridas na
Terra, em nossa encarnação, esse Ciclo atual se apresentará como um momento de
aprofundamento de nosso Revirão de Vida, de amadurecimento das viabilidades dos
novos começos e do bom fechamento dos ciclos anteriores.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Sete vem
reforçar tudo aquilo que foi assimilado e vivenciado em nosso Eu Sou essencial
e nos faz extremamente amadurecidos para realmente podermos aceitar e vivenciar
o Eu Sou essencial do nosso Outro, formando assim, o verdadeiro Nós Somos. Aqui, o Trabalho e o Serviço rendidos entre
todos os seres do Planeta Terra encontra seu lugar, sua verdade, seu
Dharma. A Terra é um Planeta de Trabalho
e de Iluminação e aqui estamos todos encarnados para bem podermos proporcionar
uns aos outros, essa possibilidade de realização do Trabalho e da Iluminação de
cada um de nós.
Nossa Casa Oito, em nosso
Risco do Bordado, vem nos falar de nossos anos quarenta e
oito/nove/cinqüenta a cinqüenta e cinqüenta e seis/sete/oito.
Nossa entrada nesse Ciclo advém de duas
questões bem importantes: o Retorno de Casa
e o Quarto Retorno de Júpiter. E
certamente já não mais estamos vivenciando tão intensamente nosso Primeiro
Retorno de Saturno e os Retornos acima mencionados, de Casa e de Júpiter, nos
dão os toques de maior amadurecimento em nossa vida e no cumprimento de nossas
missões de vida, de forma que bem nos preparemos para nosso Segundo Retorno de
Saturno, a acontecer, normalmente, em nossos cinqüenta e oito anos de
idade. É também nesse Ciclo que nos
preparamos para as conclusões definitivas de nosso Segundo Ato de Vida e para o
abrir das cortinas do palco de nossa vida para nosso Terceiro Ato de Vida!
Esse Ciclo, é portanto, também o grande
amadurecimento do nosso Revirão de Vida vivenciado nos dois últimos Ciclos! A
partir de agora, temos total consciência não apenas das questões a serem
vivenciadas enquanto bagagens amealhadas pela Alma em nossos Vagões do Trem da
Vida como também das questões inovadores e atualizadas pela Alma em nossa
Locomotiva do Trem da vida. Enfim, nosso
Trem da Vida torna-se um trem verdadeiro: com vagões e com locomotiva, com
passageiro do tempo e com motorneiro, todos atuando de forma harmoniosamente
bem fusionada, enlaçando os desejos da Alma aos desejos do Ego - assim
esperamos! E também, o Segundo Retorno
de Saturno - se tivermos sido bem sucedidos nos Ciclos anteriores - vem nos
apresentar uma nova etapa de cumprimento de resgates de Karmas e Samskaras, em
nossa vida.
Quando eu digo... “se tivermos sido
bem-sucedidos nos Ciclos anteriores... “, eu quero significar: se tivermos
realmente cumprido nossos resgates de Karmas e Samskaras negativos,
fundamentalmente, dentro de nossos Primeiro e Segundo Atos de Vida.
Dessa forma, com a ampliação de nossa
consciência, nessa altura de nossa vida, nossa intenção será a de não mais
praticarmos Karmas negativos que nos venham trazer Samskaras negativos - nem
para a continuidade dessa nossa vida de hoje e menos ainda para as vidas
futuras. Porém, certamente ainda
estaremos resgatando Karmas e Samskaras negativos anteriores, praticados ainda
nessa vida ou mesmo ainda de vidas anteriores que tenham sido recolhidos por nossos
Vagões do nosso Trem da Vida para serem resgatados ainda nessa encarnação
(mesmo que isso não tivesse sido a intenção da Alma ao compor, junto ao Tao da
Criação, nosso Risco do Bordado de aqui-e-agora).
A questão é: quando Lao Tse nos diz que
“uma longa jornada começa com o primeiro passo” - ou em outra tradução: uma
longa jornada começa debaixo de nossos pés...
- isso significa, o primeiro passo ou debaixo de nossos pés, que a nossa
consciência foi ampliada o suficiente para que nosso Desejo esteja voltado para
nossa colocação em nosso Caminho da Iluminação e posteriormente, em nosso
Caminho da Liberação, ou Imortalidade... não importam quantas encarnações posteriores forem necessárias para o
cumprimento dessa longa jornada!
Então, nossos Mestres Ascencionados,
nos avisam: quando liberamos as ataduras de ignorância em nossa vida, quando
ampliamos nossa consciência... a vida fica ainda um tanto mais
difícil...!!!!!!! Isso acontece porque o
Desejo de Longa Jornada da Alma faz trazer, através seus Vagões do Trem da
Vida, outros Karmas e Samskaras a serem resgatados que não haviam sido
planejados anteriormente. Caso a pessoa
tenha cumprido uma longa lista de resgates até seu Terceiro Ato de Vida e caso
essa pessoa tenha realmente manifestado seu Desejo de se colocar no Caminho da
Iluminação, na Longa Jornada, aí então, é bem possível que vá acelerar esse seu
caminho, sim, já resgatando Karmas e Samskaras que estariam previstos para
vidas futuras, e não nessa vida de agora.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Oito vem
reforçar as questões de metamorfose e de regeneração que são naturais desse
lugar! É o grande momento de Revirão
absolutamente consciente da Vida, eu diria, para que possamos aliar ainda um
tanto de força de ação que nos resta com o amadurecimento pleno da mente
através do Ego fusionado à Alma em suas intenções de realizações e de
cumprimentos de missões, nessa encarnação!
NOSSO TERCEIRO
ATO DE VIDA
Nossa Casa Nove, em nosso
Risco do Bordado, vem nos falar de nossos anos cinqüenta e seis/sete/oito a
sessenta e três.
Nesse Ciclo, já teremos dado início ao
mesmo através o Segundo Retorno de Saturno, e também estaremos prontos para
acolher nosso Quinto Retorno de Júpiter, aos sessenta anos. Eu diria que esse é um Ciclo de maior acomodamento
da Alma e do Ego com as questões objetivas do Planeta e com as questões
subjetivas do cumprimento de suas missões de vida.
De uma forma geral, existe uma certa
tendência para que nesse Ciclo as pessoas encerrem uma longa fase de trabalho
através a aquisição da aposentadoria.
Isso é uma verdade para algumas pessoas e não é uma verdade para outras
pessoas. Algumas pessoas continuam a
trabalhar porque assim compreendem - e bem compreendem - a vida! Outras tantas e tantas pessoas continuam a
trabalhar porque de outra forma não teriam como sobreviver adequadamente com
suas minguadas aposentadorias!
De qualquer forma, esse é um Ciclo que
promove uma grande liberdade de visão, como um todo, sobre a vida - questões
relacionadas à Casa Nove, realmente.
Nesse estágio da vida, a pessoa já acumulou muitos conhecimentos
pessoais e muitos conhecimentos coletivos e sociais e planetários e portanto,
possui uma visão mais ampla sobre tudo, na vida. Se a pessoa atua ou não essa
sua maior visão sobre a vida, isso é uma questão de como ela vivencia seu
Dharma e de como ela vem vivenciando os resgates de seus Karmas e Samskaras.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Nove vem
reforçar a amplitude de visão do tudo, do todo e do nada, da vida, como um
todo, dos conhecimentos. No entanto, existe
a sensação real e constante de que o corpo físico vem se deteriorando
lentamente ao passo que a mente vai se libertando de muitas amarras, de muitos deve
e não deve, pode e não pode: existe uma maior liberdade de expressão e de
ação e de movimentação - seja através a forma física ou seja através a mente.
Nossa Casa Dez, em nosso
Risco do Bordado, vem nos falar de nossos anos sessenta e três e setenta.
Esse Ciclo se inicia com nosso Quinto
Retorno de Júpiter, apontando para nossa
ação de nosso Dharma, em nossa vida de maior maturidade, em nosso tempo de
sensação real e constante de que a Roda da Vida está realmente se movimentando:
a pessoa passa a se sentir como se estivesse sendo, vagarosamente, tragada,
digamos assim, pela Roda da Vida. Com
isso não quero dizer que a pessoa esteja já absolutamente consciente de sua
passagem de vida para não-vida, não exatamente; mas quero dizer que a pessoa,
de uma forma geral, passa a ter uma maior consciência sobre a Roda da Vida em
si. Normalmente, temos a consciência da
Roda da Vida quando perdemos um ente próximo a nós: existe essa retirada, esse
corte, do mundo da manifestação para o mundo da não-manifestação. Porém, nesse Ciclo, a consciência pessoal
sobre a Roda da Vida tragando a si mesmo, à pessoa mesma, começa a se tornar
mais clara. É bom, portanto, que exista
então, um aceleramento em termos de cumprimento das missões de vida bem como,
ao mesmo tempo, de aprofundamento do conhecimento sobre a espiritualidade.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Dez vem
reforçar a verdadeira fusão entre o Ego e a Alma. Ou seja, o Ego tem que realmente dizer a que
veio, cumprir com suas missões de encarnação dentro do mundo da manifestação,
auxiliado pela Alma. E a Alma tem que
realmente se sentir bem-sucedida dentro das realizações e dentro das
concretizações de suas missões de encarnação dentro do mundo da
não-manifestação, auxiliada pelo Ego.
Esse Ciclo pressupõe a conscientização das concretizações das missões de
encarnação, tenham sido essas concretizações já plenamente realizadas ou ainda
não, que ainda estejam em andamento em suas realizações e em suas
concretizações... melhor ainda.
A meu ver, o melhor da vida é trabalhar
até o último dia de vida, até o último suspiro.
E por isso mesmo, a manutenção das boas condições do corpo físico como
um todo é absolutamente fundamental - assim já viam os antigos, ao criarem o
Tai Chi Chuan, a Yoga, etc.
Uma outra questão também importante a
se dizer em relação a esse Ciclo, é o fato de que a Casa Dez pressupõe o ponto
mais alto de nossa Mandala astrológica: é o alto de nossa montanha mor, de
nosso Corcovado.
A partir de então, os Ciclos que virão,
estarão nos falando de nossa descida da Montanha até novamente nos encontrarmos
com a Sociedade como um todo e finalmente, nos deixarmos envolver pela
multiplicidade da vida até nos tornamos novamente unos dentro do mar infinito
de nosso esponjamento o tudo, o todo e o nado, com o Tao da Criação.
A PONTE ENTRE
NOSSO TERCEIRO
ATO E NOSSO QUARTO ATO DE VIDA
Nossa Casa Onze, em nosso
Risco do Bordado, vem nos falar de nossos anos setenta a setenta e sete.
Eu vejo esse tempo como um tempo de
grande revigoração do corpo e da Alma e do Ego, assim eu penso.
Ao começo desse trabalho, conversávamos
sobre o Eu Sou da Alma ao confeccionar, junto ao Tao da Criação, o seu Risco do
Bordado: Eu Farei, Eu Faço, e
finalmente, Eu Fiz.
Ao alcançarmos esse Ciclo, ainda não
necessariamente o Eu Fiz pode ter sido concretizado, ou seja, a pessoa ainda se
sente plenamente confiante de ter mais e mais anos à frente em sua vida... mas ao mesmo tempo, o Ciclo anterior a fez
compreender que muitas das questões que deveriam ter sido realizadas em sua
vida, foram realmente realizadas... Ou
seja, a pessoa realmente se sente como já estivesse retornando do alto da
montanha do Corcovado, visto sua vida como um todo, em seu conjunto, de cima,
de um ponto de vista mais amplo, sim. E por isso mesmo, a pessoa se sente
inteiramente renovada, energizada, para se encontrar amplamente e coletivamente
e socialmente com seu Outro e com este poder sintetizar e passar adiante seus
conhecimentos da vida como um todo!
Novamente, nesse Ciclo, estaremos
diante de um novo Retorno de Júpiter, o Sétimo, aos setenta e dois anos de
idade. Dizem que existem 72 anjos, não é
verdade? Pois bem, esse é um Ciclo de
compreensão social e coletiva e planetária.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Onze vem
reforçar nosso Encontro com nosso Outro de forma já não mais tão pessoal e sim
quase que inteiramente impessoal e trabalhadora socialmente e até
compassionada... já nos aprontando para o Ciclo da Casa Doze, lugar natural das
conclusões e das gestações para os novos começos.
NOSSO QUARTO
ATO DE VIDA
Nossa Casa Doze, em nosso
Risco do Bordado, vem nos falar de nossos anos setenta e sete a oitenta e
quatro.
Bem, aqui encontraremos o Retorno de
Urano, objeto desse nosso imenso trabalho, fundamentação principal daquilo que
denomino de Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento. Também é dentro desse Ciclo que já estamos nos
preparando para o Terceiro Retorno de Saturno, a acontecer já no próximo Ciclo
- que traz em si mesmo a possibilidade de gestação de questões a serem
vivenciadas em vida vindoura...
É aqui que a Alma aliada ao Ego bem
poderá exalar seu sentimento de completude, de poder gritar ao mundo: Eu
Sou! Eu Sou aquilo que um dia foi o Eu Farei; eu Sou
aquilo que um dia tem sido o Eu Faço; Eu Sou aquilo que um dia é e será o Eu
Fiz. Existe já uma certeza sobre o Eu
Fiz. Não é uma certeza vã. É uma certeza absolutamente real.
A meu ver, tudo aquilo que se vive a
partir do Ciclo da Casa Doze, em nosso Risco do Bordado, é lucro. É lucro. E o
bom da história, é que podemos ainda viver muito mais anos à frente... caso
tenhamos boas condições físicas e mentais, certamente. E é certo que ainda nos depararemos com
alguns Aspectos interessantes, como a possível Oposição de Plutão em trânsito
com Plutão natal, a Oposição de Casa em trânsito com Casa natal, e certamente,
com o Terceiro Retorno de Saturno, e com o Sétimo Retorno de Júpiter! E também poderemos contar com a segunda
Oposição de Casa em trânsito ao Casa natal...
Porém, tudo isso ainda poderá ser bem vivenciado caso estejamos vivendo
um longo outono.... sem qualquer
inverno, ou tempo de chegada da não-vida ainda durante o tempo da vida.
Sendo assim, o Ciclo de Casa Doze vem
reforçar a conclusão dos Ciclos anteriores, e a possível gestação para os novos
Ciclos a-virem-a-ser. Que tal alcançar
esse Ciclo e vivenciar a síntese e a conclusão de todos os Cenários de sua
Mandala astrológica, de seu Risco do Bordado?
É a glória. Que tal alcançar esse
Ciclo e poder se colocar em posição quase fetal de gestar sua próxima
encarnação? É a glória. É o êxtase supremo. Para tanto, é preciso chegar até lá em boas
condições físicas e mentais, certamente, e mais ainda, é preciso um imenso
alargamento da consciência para bem poder discernir acerca de Karmas e
Samskaras ainda restantes, nessa vida, para serem resgatados.
Quanto menos deixarmos,
conscientemente, Karmas e Samskaras para serem resgatados em vidas vindouras,
mais próximos estaremos da conclusão de nosso Caminho da Iluminação e posterior
Caminho da Liberação, ou Imortalidade.
Para que um dia nos tornemos
Bodhisattvas - se assim for o Desejo de nossa Alma -, é preciso que queimemos
todos nossos Karmas e Samskaras negativos, é preciso que nos tornemos Sementes
Queimadas, Dagdhabiija.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward