SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
Parte II
Os Ciclos de Urano e o Grande Teatro da Vida
O Grande Teatro da Vida
Os Ciclos de Urano
Capítulo
2
Os Ciclos de Urano e o Grande Teatro da Vida
O Grande Teatro da Vida
Os Ciclos de Urano
Nossos
Anos Oitenta,
em
seus Aspectos Planetários
janine milward
Sétimo Retorno de Júpiter
Quadrado e
Sextil e Semi-sextil e Terceiro Retorno de Saturno
Segunda
Oposição de Casa
Oposição dos
Nodos
Oposição de Casa
Oposição de
Plutão (em alguns casos, somente)
Quando adentramos nosso Quarto Ato de
Vida e estamos prestes a finalizar o ciclo uraniano, a longa caminhada de
Urano, o Despertador da consciência mais elevada, através nossa Mandala
Astrológica em seus Doze Cenários de Vida e após o Encontro com todos nossos arquétipos
presentes em nosso Risco do Bordado - em nossos Anos Oitenta -, ainda estaremos
podendo vivenciar uma série de outros fatores que não nos deixam restar o
sentimento de que tudo acabou.... Não.
Existe sempre algo que nos aponta para o futuro. O tempo anda para frente, somente para
frente, e o Caminho sempre se faz presente, seja dentro do mundo da
manifestação, da Luz, da vida, seja dentro do mundo da não-manifestação, da
Não-Luz, da não-vida.
Portanto, ao alcançarmos nossos anos
oitenta, juntamente com o Retorno de Urano e sua inteira e definitiva Revelação
acerca do Desejo de Encarnação da Alma e seus cumprimentos de missões nessa
vida, veremos que:
-
O Sétimo Retorno de Júpiter estará nos
expansionando o corpo físico e a mente para ainda estarmos dispostos a
enveredarmos por um novo ciclo jupiteriano - mesmo que este fique inconcluso,
nesta vida. Dessa forma, o mapa que se
forma a partir desse Sétimo Retorno é ao mesmo tempo um mapa que aponta para
conclusões de vida e de ciclos como também aponta para seus novos começos - ou
pelo menos, para a gestação de seus novos começos!
-
O Quadrado e Sextil e Semi-sextil (pós Oposição) e
o Terceiro Retorno de Saturno estarão nos posicionando mais
concretamente a respeito de como viemos executando as metas da vida a serem
alcançadas que foram ditadas a partir do mapa formado quando do Segundo Retorno
de Saturno, no começo de nosso Terceiro Ato de Vida. Ao mesmo tempo, poderemos usufruir de um
sentimento de iluminação em relação a tudo aquilo que pudemos concretizar nesse
período e da mesma forma, não somente gostaríamos de dar bom fecho ao ciclo
saturnino como também nos prepararmos, gestarmos os novos começos advindos da
possibilidade de já vivenciarmos entrelaçadamento, o Segundo Retorno orientado
para o Terceiro Retorno de Saturno, a ser realizado também dentro dos nossos
anos oitenta, mais para o final, já apontando para nossos anos noventa.
-
Segunda Oposição de Casa - Sabemos
todos que Saturno e Casa e Urano atuam sempre em conjunto entrelaçando os
Planetas Pessoais e Sociais aos Planetas Transpessoais, entrelaçando o mundo da
maior objetividade ao mundo de uma maior subjetividade.
Casa é a Ponte, é o curador ferido, é o
Mestre dos mestres. A esta altura da
vida, o homem tem tudo em sua mão - caso tenha realmente se devotado à expansão
iluminada de sua consciência - , para que se sinta como essas três virtudes
acima mencionadas, virtudes quironianas.
Portanto, esse momento de Oposição de Casa
em trânsito ao Casa natal é realmente um momento importante porque aponta o
desafio das questões de nos tornarmos Pontes e curadores feridos e Mestres dos
mestres, sim, dentro das premissas não somente encontradas através a posição de
Casa em nosso Risco do Bordado, em nosso mapa astral natal, como também em
relação ao mapa que formamos quando de nosso Primeiro Retorno de Casa, ao final
dos nossos anos quarenta, no tempo de Ponte entre nossos Segundo e Terceiro
Atos de Vida.
Estamos, dessa maneira, já inteiramente
amadurecidos para a compreensão da vida em seu sentido mais físico e em seu
sentido metafísico - através o arquétipo quironiano. E então, certamente também nossa compreensão
acerca do Retorno de Urano enquanto momento de Revelação Plena sobre o Desejo
de Encarnação da Alma pode vir a ser um momento não apenas subjetivo e
interiorizado e sim também objetivado e exteriorizado através nossas ainda
possíveis ações!
-
Oposição dos Nodos - Estaremos
vivenciando mais um Aspecto intenso realizado em nosso Trem da Vida, ou seja, a
Oposição dos Nódulos Lunares que nos fazem inter-agir de maneira mais plena o
entrelaçamento do Vagões aliados à Locomotiva, dessa vez uns, Os Vagões,
ocupando o lugar do outro, da Locomotiva e vice-versa.
Sendo assim, tudo aquilo que viemos
amealhando como bagagem em nossos Vagões acabam se atualizando dentro de nossa
Locomotiva; e tudo aquilo que viemos vivenciando como a abertura para as novas
ações acabam sendo amealhadas por nossos Vagões. É certamente um momento de realinhamento da
mente, já se aprontando para sua nova jornada em seu Trem da Vida em
encarnações vindouras.
Sabemos que somente levamos, de uma
encarnação à outra, nossa mente.
Dentro desse momento de maior
maturidade, certamente essas questões poderão ser compreendidas como sabedoria
sobre a vida pessoal e a vida do Outro, de forma geral, sabedoria sobre a vida,
enfim.
As Oposições de
Casa
e de Plutão (em alguns
casos somente)
Sem dúvida alguma, nossos anos oitenta
ainda podem nos reserva uma imensa surpresa!
São as Oposições de Casa e de Plutão em trânsito às suas posições
originais.
Bem, certamente compreendemos que a
Oposição de Casa é extremamente possível de acontecer, nesse momento de vida,
porquanto o Planeta da Transcendência faz a sua revolução em torno ao Sol em
cerca de 164 anos.
Porém, em termos de Oposição de Plutão
que faz sua revolução em torno ao Sol em cerca de 248 anos..., confesso que,
para mim, isso acontecer ainda é um grande mistério a ser compreendido. Certamente que desconfio que a resposta está
dentro da Astronomia: terei que pesquisar mais sobre esse assunto.
E sabemos também que, em dado momento
de sua trajetória em torno ao Sol, Plutão invade a órbita de Casa e que isso
acontece mais exatamente quando o Planeta da metamorfose e da regeneração se
encontra em seu signo natural e correlato, Escorpião.
Então, concluo que viemos recentemente
vivenciando lugares natais em termos de signos para a moradia de Plutão que
acabam encurtando, digamos assim, sua jornada de alcance de seu momento de
Oposição. Isso vem acontecendo às
pessoas que possuem Plutão em Câncer, em Leão, em Virgem...
Porém, se abrirmos um mapa astral hoje,
com Plutão caminhando pelo signo de Sagitário, por exemplo, veremos que o mapa
de Retorno de Urano acontecerá por volta de 2080/90 bem como a Oposição de Casa,
é claro, mas que no entanto, a Oposição de Plutão se dará por volta de 2150!
Podemos então concluir que é um grande
privilégio estar na encarnação ainda e vivenciar a Oposição de Plutão, não é
mesmo?
Outra questão também bastante
interessante a ser vista é que quando nos acontece nosso Revirão de Vida, ou
seja, a Oposição de Urano em trânsito ao nosso Urano natal, também Plutão e Casa
nos acompanham nesse tema com seus Quadrados sendo realizados durante nossos
anos quarenta!
Casa - Sabemos que o lugar onde temos
nosso Casa natal, entre outras questões, nos aponta em direção a onde devemos
abrir mão do mundo da manifestação em prol do mundo da não-manifestação. É uma perda que pode vir a ser considerada
como um ganho - tudo depende do ponto de vista, se perde fisicamente mas se
ganha metafisicamente.
Plutão - Sabemos que
o lugar onde temos nosso Plutão natal, entre outras questões, nos aponta em
direção a onde devemos realizar nossa metamorfose e nossa regeneração de tal
forma, que certamente o lugar oposto ao Plutão natal se torna seu lugar de
honra, a ser inteiramente realizado, assim esperamos, nessa encarnação.
Sendo assim, quando esses dois Planetas
Transpessoais e Universais encontram suas respectivas Oposições, acabam por
sinalizar a concretização - pelo menos, a possibilidade de concretização -
dessas suas premissas originais!
Portanto, quando Casa encontra-se
diante de si mesmo, ele pode compreender inteiramente o que significa a
encarnação, a vida materializada, e o que significa a não-encarnação, a não-vida
materializada... e compreende que a linha da vida é absolutamente infinita....
e compreende que não existe nem vida nem morte - apenas uma linha contínua de
vida e de transmutação da mesma. O
homem, ao perder seu corpo físico, ganha a estrutura mais nítida de sua Alma
que acolhe seu Espírito. Portanto, não
há perda, é apenas uma suposta perda.
E quando Plutão encontra-se diante de
si mesmo, ele pode compreender inteiramente o que significa seu verdadeiro
lugar nessa encarnação e possivelmente também vibrando essa energia para suas
vindouras vidas sucessivas! O lugar
oposto ao nosso Plutão natal - em signo
e em Casa astrológica - é o lugar onde queremos chegar, nessa vida! o lugar onde nosso Plutão natal mora em nosso
Risco do Bordado, aponta para tudo aquilo que trazemos amealhadamente em nossa
mente, através nossos Vagões do Trem da Vida: muitas questões serão deixadas
para trás, muitas questões serão atualizadas e renovadas e revivenciadas,
muitas questões continuarão em pleno uso, uso constante, sempre, nessa
vida. Porém, o lugar oposto ao nosso
Plutão natal aponta para tudo aquilo que queremos levar conosco em nossa mente
junto à Locomotiva do nosso Trem da Vida, ainda nessa encarnação e para vidas
futuras.
............................
Lao Tse nos fala sobre a Perda enquanto
Desapego, em vários de seus Capítulos do Tao Te Ching. E ao mesmo tempo nos
fala do porque da suposta perda, do suposto desapego e suas realizações através
a Alquimia da mente e do corpo físico - a Alquimia do Caldeirão:
Capítulo
2
Quando os seres
sob o céu reconhecem o belo como belo
Então isso já
se tornou um mal
E reconhecendo
o bem como bem
Então já não
seria um bem
A existência e
a inexistência geram-se uma pela outra
O difícil e o
fácil completam-se um ao outro
O longo e o
curto estabelecem-se um pelo outro
O alto e o
baixo inclinam-se um pelo outro
O som e o tom
são juntos um com o outro
O antes e o
depois seguem-se um ao outro
Portanto
O Homem Sagrado
realiza a obra pela não-ação
E pratica o
ensinamento através da não-palavra
Os dez mil
seres fazem, mas não para se realizar
Iniciam a
realização mas não a possuem
Concluem a obra
sem se apegar
E justamente
por realizarem sem apego
Não passam.
Interpretação
Janine Milward
Neste Capítulo, Lao Tsé nos fala sobre uma
variedade de temas e/ou questões fundamentais no Taoísmo: o não-julgamento, a
impermanência ou eterna mutação, a não-ação, a não-palavra; O Te, A Virtude
realizada pelo Homem em relação à duração e à constância, ao apego e ao
não-apego, ao corpo físico e ao corpo espiritual, à mortalidade e à
imortalidade... em seu Caminho rumo ao seu Tao.
...................
Portanto
O Homem Sagrado realiza a obra
pela não-ação
E pratica o ensinamento através da não-palavra
Nessa terceira estrofe, em poucas
palavras, Lao Tsé nos sintetiza o porquê, o sentido intrínseco das duas
primeiras estrofes deste Capítulo 2: o não-julgamento e a impermanência.
Sendo o não-julgamento uma Virtude, Te,
e a impermanência uma realização do Tao, O Caminho, o que resta ao Homem Sagrado
– aquele que caminha seu Caminho em busca da iluminação e infinitude de sua
consciência e iluminação e infinitude de sua vida – o que resta a esse Homem
que trilha seu Caminho do Tao é viver a vida de forma natural, como ela é, sem
julgamentos nem apegos, apenas vivendo o cotidiano simplesmente, deixando a
natureza ser da forma como ela se apresenta no momento, tomando as decisões
sobre os eventos que se apresentam no momento sem grandes pré-ocupações ou
julgamentos acerca, fundamentalmente, do futuro – que é sempre regido pelo Tao
da natureza. Realizando aquilo que tem que realizar simplesmente porque tem que
realizar.
Esse conceito é deveras importante
dentro do Te, A Virtude: a não-ação, o Wu
Wei. Não-ação em nenhuma circunstância significa não agir. Não. Significa
porém, agir quando é preciso agir e fazer isso naturalmente, de acordo com as
circunstancias do momento. Assim como o sol brilha e aparece todos os dias para
nós, iluminando nossas vidas.... assim como a chuva abençoada cai nos renovando
a vida, enchendo as minas, as nascentes, os rios, os lagos, os mares....
Outro conceito fundamental é a
não-palavra: essa questão se relaciona com o não se enveredar por caminhos por
demais tortuosos e pouco profícuos. O Homem Sagrado é aquele que se atém ao que
é verdadeiramente importante, ou seja, aquilo que é constante, eterno – essa é
a não-palavra. Tudo aquilo que se relaciona com a duração, que é impermanente,
é então considerado a palavra.
Também a não-palavra tem o sentido de
palavra sem intenção. Sobre a questão do que significa ‘intenção’, Lao Tsé
prossegue:
Os dez mil seres fazem, mas não
para se realizar
Iniciam a realização mas não a possuem
Concluem a obra sem se apegar
E justamente por realizarem sem apego
Não passam.
Na quarta e última estrofe, Lao Tsé nos
coloca diante do grande drama da vida e seu porquê: o que significa nossa
encarnação e o fato de o homem possuir a mente e poder strológic-la, criar uma
cultura, uma sociedade, vivenciar a natureza do universo como não apenas parte
desse universo como também construtor do mesmo através uma vida de trabalho e
realizações?
Nesse ponto, retomamos às estrofes
anteriores e suas lições sobre não-julgamento, impermanência da duração,
permanência da constância, não-ação, não-palavra... Como também não devemos nos
esquecer da grande Virtude, Te, de Caminhar o Caminho do Tao sempre agindo com
Humildade – independente daquilo que nossa cultura massiva e nossa sociedade
esmagadora nos impele a ser e agir durante nossa vida.
Nossa cultura e nossa sociedade nos quase
obrigam a realizarmos algo pretensamente grandioso em nossas vidas – e
sobretudo algo dentro do critério da duração e da impermanência – e,
aparentemente e superficialmente, querem nos fazer acreditar que essa é uma
vida de plenitude de trabalhos e realizações e ainda mais, e muito mais, querem
que sempre busquemos ( e por isso nos esforcemos ao máximo) os louros da glória
e do reconhecimento públicos de nosso valor (?!).
Em outro Capítulo, o de número 20, Lao
Tse nos diz:
.............................. As pessoas todas possuem em excesso
Somente eu aparento
estar perdendo
Sou como um ignorante que possui o coração
puro
............................ As pessoas todas possuem um ego
Somente eu o ignoro considerando-o precário
O que quero que me distingüa dos demais
É valorizar o alimentar-se da Mãe (o Tao da
Criação)
O que Lao Tsé nos diz na última estrofe
do Capítulo 2 e estará nos dizendo ao longo de sua obra, é que, bem ao
contrário do que no parágrafo acima foi dito, o trabalho e as realizações do
homem e do Homem devem se prender apenas ao próprio trabalho e às próprias
realizações – porque estamos encarnados nesse planeta de Trabalho e de
Iluminação para efetuarmos essas questões. Mas, na realidade, nenhum trabalho
ou realização que fazemos de fato nos pertencem.... Não. Não somente não nos
pertencem pessoalmente quanto também não pertencem apenas ao resto dos seres no
universo.... Porque tudo no universo apenas é e apenas dever ser da
forma que é e que deve ser. Esta é a naturalidade, a
simplicidade, a humildade do próprio universo que nada cria para si mesmo,
apenas cria e não pede qualquer recompensa ou reconhecimento por isso.
Nosso sol nos dá sua luz de vida e de
sobrevivência porque ele é um sol... e esse é o seu trabalho e essas são suas
realizações. A chuva cai porque seu trabalho é cair e suas realizações são
dadivosas, certamente, mas simplesmente porque assim são e devem ser. Existe em
todo o universo uma vivência real de trabalho e de realizações que é plenamente
impessoal: ela apenas é como dever ser e enquanto deve ser.... ou seja, também
nosso sol continua sua vida de queimar seu combustível interior até o momento
em que não haja mais combustível para ser queimado, e ele entre em outro
processo de mutação que haverá de stro-lo de tal maneira que quase se
encontrará com nosso planeta e após isso, deverá desinchar de tal maneira que
se tornará uma estrelinha amorfa e cinzenta, sem antes ter soltado no espaço um
chumaço de gases que um dia será observado emocionadamente por alguém com um
potente telescópio, vivendo em outro planeta, em outro sistema solar que ainda
esteja vivendo seu trabalho e suas realizações!
Então, na quarta estrofe, Lao Tsé nos
diz para sim, vivermos nossa vida de trabalho e de realizações no Planeta Terra
mas que não nos contentemos e melhor ainda, não ambicionemos os louros da
gloria e do reconhecimento público em relação á nós mesmos, pobres mortais. Ao
invés disso, por que não nos contentarmos e ambicionarmos os louros da glória e
do reconhecimento universais em relação ao nosso trabalho espiritual, ou seja,
ao nosso Caminho sendo trilhado em busca de nossa Iluminação e posterior
Imortalidade, nossa Liberação?
Para tanto, Lao Tsé menciona o apego e
o não-apego. O apego ao corpo físico, que é material e impermanente,
mutável.... não vale a pena. É algo apenas transitório, pertence ao campo da
duração.... (como pode o sol ter apego à sua forma atual se esta todo o tempo
está em mutação – mesmo que ainda não visível – mas que certamente em um futuro
longínquo será uma realidade? Uma transformação inequívoca dentro da eterna
mutação do universo?)
O não-apego ao corpo físico e seus
trabalhos e realizações reconhecidos culturalmente e socialmente e publicamente
é aquilo que Lao Tsé nos ensina. Realizar o trabalho sim, mas stroló-lo dentro
da não-ação, stroló-lo porque é imperioso que seja realizado. E pronto.
E justamente por realizarem sem apego
Não passam.
Lao Tsé, então, emenda e conclui que,
apenas através da realização do corpo espiritual – dentro da Alquimia do
Caldeirão – é que o Homem Sagrado pode ingressar na Imortalidade, na Constância
– mesmo que ainda fazendo parte do eterna mutação do Tao do universo.
O corpo físico, esse corpo tão cultuado
pela cultura e pela sociedade como o maior instrumento de nossa encarnação para
a realização de nosso trabalho de vida, é algo que tem seu fim, que termina. A
grande importância do corpo físico, de nossa encarnação como homem possuidor de
mente que se desenvolve até poder expandir sua consciência à sua infinitude...
é o fato desse corpo, materializado, nos conter o espírito, que é imaterial. E
será sempre o espírito – aliado à infinitude e expansão da consciência - quem
buscará a eternidade, a Iluminação, a Imortalidade, a Liberação.... e não o
corpo físico em si.
O corpo espiritual, ou Corpo de Luz,
que não tem fim, ao contrário, ele permanece em eterna mutação dentro da
constância da Luz do Tao do universo, esse sim, “não passa” (como nos ensina Lao Tsé), ou seja, não termina,
continua, alcança a infinitude da vida aliada à infinitude da consciência –
esse é o Caminho da Iluminação e, fundamentalmente, o Caminho da Imortalidade.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward