SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
O
REVIRÃO DA VIDA
Oposição
de Urano em trânsito ao Urano natal
VISÃO SUBJETIVA
A Luz e a Não-Luz
janine milward
A Constante
Mutação entre o Sublime Yang e o Sublime Yin
O Oito do Sol e
a Mandala do Tai Chi
Lao Tsé, o Mestre do Tao, nos diz, em
seu Capítulo 40 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude:
O retorno é o
movimento do Caminho
A suavidade é a
atuação do Caminho
Os seres sob o
céu nascem da existência
E a existência
nasce da não-existência
Sendo o Mundo da Não-Manifestação - a
não-existência - advindo do Tao, o Caminho, apenas espelhado ou manifestado
pelo Mundo da Manifestação - a existência -, surgem a Luz e a Não-Luz, o princípio criativo e a energia cósmica que
realizam esta Criação... ou espelhamento ou manifestação.
Aquilo que não pode ser nomeado, o Tao,
o Caminho, o Vazio, finalmente é nomeado, manifestado, através de seu
espelhamento realizado pela Luz e a Não-Luz.
A Luz e a Não-Luz seriam as definições
mínimas da dualidade cabível na primordialidade da Criação, ou Mundo da
Manifestação, ou Céu Posterior, ou Tai
Chi (que nos revela o Sublime Yang
e o Sublime Yin – a Luz e a Não-Luz).
Quando existe a interação entre a Luz e
a Não-Luz, estaremos falando, então, da Criação e da mutação constante
existente dentro dessa Criação, em ciclos de nascimento, vida e morte.
Essa constante mutação em nossa vida é
por mim denominada de Revirão da Vida.
Esse Revirão da Vida pode ser visto de
maneira absolutamente simples, através do aparente caminhar do Sol -
seja em seu nascer no leste ou em seu poente, no oeste - entre os pontos
do leste mais ao sul ou mais ao norte e
entre os pontos do oeste mais ao sul ou mais ao norte, ao longo do ano.
O Oito do Sol nos revela a verdade
primordial do Mundo da Manifestação: a Eterna Mutação. Essa eterna mutação acontece dentro da
mecânica celeste mais pura de ser contemplada que é o aparente caminhar
do Sol entre o verão e o inverno - na foto acima, o verão é a parte mais
alongada e o inverno, a parte mais curte; os pontos de interseção do caminho do
Sol são os equinócios da primavera e do outono.
Certamente sabemos todos que esse movimento do Sol em relação à nós, da
Terra, é apenas aparente, ele vem, na realidade, nos apresentar figurativamente
o movimento de translação que a Terra realiza em torno do Sol.
A foto abaixo bem demonstra essa
realidade. Esse é o chamado Analema, o
Oito do Sol.
Veja como as fotos tiradas em seqüência
de vários dias alternados ao longo das semanas e dos meses do ano nos
apresentam a figura do número 8.
Foto do Analema ou Oito do Revirão do Sol realizada por John Raffell combinando 52 exposições individuais, perto do Trópico de Câncer (latitude 23 1/2 norte). As fotos foram tiradas todos as semanas do ano a partir de maio de 2000, na mesma posição visando o leste, às 07:30 da manhã, em Muscat, Oman. Publicada na revista Sky&Telescope, edição de março de 2003, página 78, dentro do artigo "What is an Analemma? Assinado por Edwin L Aguirre. Esta revista é uma publicação de Sky&Telescope Publishing Co., Cambridge, MA, EUA.
Eu diria, então, que os momentos do Revirão podem ser vistos dentro do
alongamento máximo do verão e do inverno - dentro dos movimentos aparentes e
opostos e complementares do Sol - bem
como também podemos inferir que a interseção dos caminhos de ida e de retorno,
da mesma forma poderão ser nomeados de Revirão.
Dentro desse movimento aparente, o Sol
alcança sua elongação máxima em direção mais ao sul ou mais ao norte -
dependendo do hemisfério terrestre onde nos encontramos teremos o inverno ou o
verão - e depois, retorna. Sempre
retorna. No momento em que o verão
encontra seu apogeu - em 21 de dezembro - o Sol já empreende seu aparente
caminho de retorno, já com vistas à sua elongação máxima até encontrar o ponto
limite do inverno... e depois, novamente retorna. Esses são Revirões.
Os dois pontos de interseção que formam
os equinócios do outono e do inverno podem também, como disse acima, ser
chamados de Revirões. Se virmos essa
figura de Oito do Sol como o Oito Interior, poderemos compreender a
inter-relação sempre atuante entre o consciente e o inconsciente, entre o Mundo
da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação, entre a objetividade e a
subjetividade, entre o mundo visível e o mundo não-visível. Os pontos de interseção nos falam dos
recomeços dos novos ciclos, sim, porém já nos apontam para suas conclusões
inevitáveis, quando alcançarem a plenitude de suas energias atuantes,
transformando-as em energias opostas e complementares.
Sendo assim, os antigos sábios chineses
nos trouxeram a figura do Oito sendo revelada através da Luz e da Não-Luz, do
Sublime Yang e do Sublime Yin, formando a Mandala do Tai Chi, do Mundo da
Manifestação:
Sempre que a Luz encontra sua
plenitude, transforma-se em Não-Luz. E
da mesma forma, sempre que a Não-Luz encontra sua plenitude, transforma-se em
Luz. Assim é a Mandala do Tai Chi, a
dualidade mínima que podemos encontrar dentro do Mundo da Manifestação, a
existência. E o Mundo da Manifestação é
advindo do Mundo da Não-Manifestação, a não-existência, onde somente existe o
Uno, o Absoluto, o Tao da Criação.
Portanto, apenas o Tao é absolutamente
imutável. Todo o resto, é sempre
mutável, é a lei do Eterno Retorno.
Assim acontece ao longo de nossa vida e
também ao longo de nossa não-vida.
Poderíamos dizer que a vida materializada pode ser definida como nosso
tempo dentro da Luz, do Sublime Yang; enquanto a vida não-materializada - ou
não-vida, ou morte - pode ser definida como
nosso tempo dentro da Não-Luz, do Sublime Yin.
Sendo assim, sempre que alcançamos a
plenitude ou de uma vida ou de uma não-vida ou mesmo de nossos ciclos dentro da
nossa conhecida vida..., estamos diante do Revirão da Vida que nos levará à
alguma situação oposta e complementar àquela vivenciada anteriormente e que
tenha alcançado sua plenitude, seu preenchimento por completo.
Esses Revirões são, portanto, por nós
vivenciados dentro de nossos menores ciclos de vida (como uma noite de sono,
momento Yin, depois de um dia inteiro de trabalho e de ação, momento Yang), aos
ciclos de média duração ou aos ciclos de longa duração... ou mesmo, como vimos
acima, a vida como um todo e a não-vida, que sempre nos chega, dentro da
Samsara, a Roda da Vida, assim como nós a conhecemos.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward