SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
O texto abaixo é sintetizado por Janine
e extraído de alguns Fascículos da antiga coleção Mitologia,
publicada pela Abril Cultural, ainda na década de 1960.
“No começo era o Caos”, conta o poeta Hesíodo.
O Caos torna-se Cosmos.
Stellarium
Panoramic view of the entire near-infrared sky reveals the distribution of galaxies beyond the Milky Way. The image is derived from the 2MASS Extended Source Catalog (XSC)—more than 1.5 million galaxies, and the Point Source Catalog (PSC)--nearly 0.5 billion Milky Way stars. The galaxies are color coded by redshift (numbers in parentheses) obtained from the UGC, CfA, Tully NBGC, LCRS, 2dF, 6dFGS, and SDSS surveys (and from various observations compiled by the NASA Extragalactic Database), or photo-metrically deduced from the K band (2.2 μm). Blue/purple are the nearest sources (z < 0.01); green are at moderate distances (0.01 < z < 0.04) and red are the most distant sources that 2MASS resolves (0.04 < z < 0.1). The map is projected with an equal area Aitoff in the Galactic system (Milky Way at center).
De repente, surge a primeira realidade sólida: Gaia, a Terra.
Nasa
http://time.com/3651601/earth-new-years-day-picture/
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Gaia deu ao Caos um sentido: limitou-o, instalou nele o chão, o palco da maravilha e da miséria da vida. Restava ainda um espaço vazio, sobre Gaia. Para preenchê-lo, ela “criou um ser igual a si mesma, capaz de cobri-la inteira”.
Gaia Criou, sozinha, Urano, o Céu Estrelado.
Gaia uniu-se a Urano, seu primogênito e apaixonado amante, gerando com ele muitos e muitos filhos.
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/uranus/pr1998035a/web/
Bright Clouds on Uranus

Elementos devastadores, os primeiros filhos de Gaia fazem os vulcões entrarem em erupção, e criam terremotos, tempestades e furacões. No entanto, Urano, pai e irmão dessas forças, revolta-se contra elas e as atira no Tártaro, uma das regiões do Erebo subterrâneo. Mas Gaia, mãe-Terra, liberta seus filhos - porque é a própria Natureza e não pode impedir que os fenômenos naturais sigam seus próprios cursos.
Entra em cena Cronos, Saturno, filho de Gaia e de Urano, que se revolta contra seu pai que não pára de fecundar sua mãe, incessantemente. E também Cronos, Saturno, revolta-se contra seus outros irmãos que estão sempre devastando a Terra.
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/pr2003023b/web/
Saturn's Rings in Ultraviolet Light
Para que Urano não continue fecundando sua mãe e trazendo mais e mais filhos, Cronos, Saturno, corta os testículos de seu pai, castra-o, lhe traz o limite da criação e da procriação, usando uma foice. Ao cair sobre a Terra, o sangue de Urano gerou as Eríneas (símbolos da culpa de Cronos, Saturno) , os Gigantes e as Melíades, ninfas das Arvores. Ao caírem no mar, os testículos do deus formam uma branca espuma da qual nasce Afrodite, Vênus, a deusa do amor e da beleza.
Juntamente com Rea, Cibele, sua esposa e irmã, Saturno estabelece um reinado que se assemelha à era pré-consciente da humanidade. Nesse período, o Tempo ainda está cego. A vida não compreende a si mesma, e parece mais um simples fervilhar de elementos confusos do que propriamente uma evolução.
Cronos é insaciável; o Tempo devora tudo: seres, momentos, destinos, sem piedade, sem apego ao que passou. O que importa é construir o futuro. Porém, Cronos, Saturno, teme que lhe aconteça a mesma coisa que fez acontecer ao seu pai, o fato de ser destronado por um dos seus filhos. Aliás, sua mãe-Terra, Gaia, já lhe havia profetizado essa verdade. E por isso mesmo, Saturno vai devorando cada um dos seus filhos, ao nascerem.
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Quadro de Francisco Goya |
Apenas um dos filhosde Saturno, o Tempo, escapou-lhe à voracidade e o destronou do centro do mundo: Zeus, Júpiter, o poderoso deus dos deuses.
Rea, Cibele deu à luz seu filho Júpiter numa distante caverna e entregou-o para ser cuidado por Gaia enquanto voltava ao lar e entregava a Cronos uma pedra embrulhada por um pano, como se fosse o filho recém-nascido. Cronos, Saturno, rapidamente engoliu a pedra. Rea havia salvado seus filhos mas ao mesmo tempo havia selado a profecia: em dia próximo, o ultimo filho de Cronos tomaria das armas para encerrar o sombrio reinado de sangue. E para sempre se instalaria no mundo.
Júpiter, ao crescer, aliou-se aos irmãos e aos monstros, e destronou Saturno, Cronos, venceu os Titãs e os Gigantes. Com a tríplice vitória, firmou-se como senhor absoluto do mundo e encerrou o ciclo das divindades tenebrosas, das forças desordenadas, que como Cronos - o Tempo - tudo corrompem e destroem. É a vitória da Ordem e da Razão sobre os instintos e as emoções desenfreadas.
Quando Júpiter destronou seu pai, entregou-lhe uma poção mágica que fez com que Saturno vomitasse todos os filhos que havia engolido, um a um.
Reunidos os três irmãos, Júpiter, Netuno e Plutão, tramaram então um plano para destituir do poder o pai temível. Armas lhes foram fabricadas: a Júpiter, couberam o raio e o trovão. Para Plutão, coube o capacete que o tornava invisível. Para Netuno, coube o poderoso tridente, a cujo toque terra e mar estremeciam desde as profundezas.
Os vencedores reuniram-se e dividiram entre si o domínio do mundo, cada qual com seu quinhão de honraria: Netuno ganhou a soberania dos mares; Plutão assumiu o reino dos mortos. E Júpiter subiu ao Olimpo, para de lá comandar, altíssimo e absoluto, a terra e o céu, os homens e todos os demais deuses.
Em termos de descendência, Júpiter gerou filhos heróis e dignos - entre eles, Marte e Vulcano, com sua mulher Juno; Mercúrio, com a ninfa Maia, Apolo e Diana, com Latona; Minerva (que nasceu de sua cabeça); Perséfone ou Prosérpina, com Ceres. Netuno gerou monstros e bandidos. Plutão não teve filhos.
A Descendência
Filha de Urano
(sem a participação de Gaia, a Mãe-Terra)
Vênus

https://nasa.tumblr.com/post/164713417169/solar-system-things-to-know-this-week
http://hubblesite.org/gallery/album/solar_system/venus/pr1995016g/web/
Venus Cloud Tops
Urano, o céu estrelado, uniu-se à Terra e nela fecundou os Titãs, Ciclopes e Gigantes. Saturno, o mais jovem dos Titãs, foi o escolhido por sua mãe para livrar-se de Urano e durante a noite, quando seu pai desceu para cobrir a Terra, Gaia, aproximou-se e, com um golpe único e violento, cortou os testículos do pai e atirou-os ao mar.
O sangue de Urano jorrou sobre a Terra e novamente a fecundou: nasceram as Eríneas, terríveis deusas da vingança. Distante, no mar, aos poucos foi se formando uma espuma, nascida dos órgãos arrancados de Urano. E desta espuma brotou Afrodite, Vênus, a mais bela dentre as deusas, emergindo das águas, amparada numa grande concha de madrepérola. Vênus é conduzida ao Olimpo e todos clamam sua beleza.
Inicialmente, Vênus era considerada a deusa do instinto da fecundidade. Sua ação era ilimitada, abrangendo toda a natureza com seus componentes humanos, animais e vegetais.
Acreditava-se que ela espalhava o elemento úmido, causa fundamental de todo princípio gerador e de toda a fecundidade na natureza.
Somente mais tarde é que Afrodite/Vênus passou a ser a deusa do amor - no início protetora das formas mais nobres e puras desse sentimento. Com o tempo, passou a personificar o amor em seus inúmeros aspectos, recebendo outros nomes e cultos diversos: Afrodite Urânia (celeste) que simboliza o amor puro e ideal; Afrodite Pandemos era deusa do amor sensual e venal.
Segundo Homero, somente três das divindades olímpicas não se deixavam seduzir por Vênus: Pallas Athenas (Minerva), Ártemis (Diana) e Héstia (Vesta). Recusando-se a obedecer às suas leis, de Vênus, estas deusas têm as atribuições que os gregos consideravam mais importantes, por constituírem a nobreza e a beleza da vida: a arte, o lar e a honra.
O amor de Vênus e Marte aconteceu a partir do momento em que Marte abandonou as atitudes brutais e aproximou-se da deusa do amor oferecendo-lhe seu corpo perfeito, dizendo-lhe palavras de afeto. Cumulou-a de ricos presentes. Apaixonaram-se e fizeram planos para se unirem no amor. Encontravam-se à noite enquanto Vulcano, esposo de Vênus, trabalhava em sua forjaria. Marte sempre levava consigo o jovem Alectrião, seu confidente, para lhe avisar quando chegasse o Sol. Uma noite, porém, Alectrião adormeceu e o Sol surpreendeu os amantes que dormiam abraçados. O Sol, indignado, foi avisar Vulcano que, pacientemente, teceu uma rede e aguardou o momento adequado para flagrar o amor ilícito entre Vênus e Marte. E assim aconteceu. Alectrião foi transformado por Marte em um galo, condenado a advertir eternamente os homens do despertar do sol.
Vênus teve quatro filhos com Marte, seu amante ideal: Cupido, Harmonia, Deimos e Fobos - os dois primeiros representando os elementos positivos contidos no mito venusiano e os dois últimos, o aspecto negativo sintetizado na figura de Marte, violento deus da guerra.
Com Mercúrio, Vênus teve Hermafrodito, figura dupla de homem e de mulher. Com Baco, Vênus gerou Príapo, protetor dos bosques, jardins e vinhas. Com Anquises, um mortal, Vênus deu a luz a Enéias, famoso herói troiano. Com Vulcano, seu esposo, não teve filhos.
O texto acima é sintetizado por Janine
e extraído de alguns Fascículos da antiga coleção Mitologia,
publicada pela Abril Cultural, ainda na década de 1960.
Urano | |
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Urano com Gaia Mosaico atualmente na Gliptoteca de Munique | |
Pais | Gaia |
Filho(s) | Titãs, ciclopes, hecatônquiros, erínias, melíades, telquines, Afrodite |
Romanoequivalente | Céu (cælum) |
Urano (em grego: Ουρανός, transl.: Ouranós, lit. "o que cobre" ou "o que envolve"), na mitologia grega, era a divindade que personificava o céu. A etimologia possivelmente tem origem no vocábulo sânscrito que origina o nome de Varuna, deus védico do Céu e da Noite. Sua forma latinizada é Uranus. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua mãe. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica,[1]e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.[2]
Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os titãs, os ciclopes e os hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantém todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.
A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.
Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém cælum (coelum), cujo a forma aportuguesada é céu.
Mito de criação
Segundo o mito da criação do Olimpo, relatado por Hesíodo na Teogonia, Urano veio todas as noites cobrir a Terra (Gaia), mas ele odiava as crianças geradas.
Hesíodo refere, como descendentes de Urano, os titãs, seis filhos e seis filhas, os cem braços e os gigantes com um só olho, os ciclopes.
Urano aprisionou os filhos mais novos de Gaia no Tártaro, nas entranhas da Terra, causando grande dor a Gaia. Ela forjou uma foice e pediu aos filhos para castrarem Urano. Apenas Cronos, o mais jovem dos titãs, concordou. Ele emboscou seu pai, castrou-o e lançou os testículos cortados ao mar.
Do sangue derramado de Urano sobre a terra nasceram as três erínias, as melíades, e segundo alguns, os telquines.
A partir dos testículos lançados ao mar nasceu Afrodite. Alguns dizem que a foice ensanguentada foi enterrada na terra e daí nasceu a fabulosa tribo dos feácios.
Depois de Urano ter sido deposto, Cronos re-aprisionou os hecatônquiros e os ciclopes no Tártaro. Urano e Gaia profetizaram que Cronos, por sua vez, estava destinado a ser derrubado por seu próprio filho, e assim o titã tentou evitar essa fatalidade devorando os seus filhos. Zeus, graças as artimanhas de sua mãe Reia, conseguiu evitar este destino.
Estes antigos mitos de origens distantes não constam em cultos na Grécia Antiga (Kerenyi, p. 20). O papel de Urano é o de um deus derrotado de um tempo anterior ao tempo real.
Antes da sua castração, o céu não veio mais para cobrir a Terra à noite, cigindo-se ao seu lugar, e "a geração original chegou ao fim" (Kerenyi). Urano foi raramente considerado como antropomórfico, à parte a genitália do mito da castração. Ele era simplesmente o céu, o qual foi concebido pelos antigos como uma grande cúpula ou teto de bronze, sustentada (ou mantida a girar num eixo) pelo titã Atlas. Em expressões arcaicas, nos poemas homéricos, ouranos às vezes é uma alternativa a Olimpo, como a casa dos deuses. Uma ocorrência óbvia seria o momento, no final da Ilíada I, quando Tétis sobe do mar para pleitear com Zeus: "e logo pela manhã, ela elevou-se para saudar Ouranos-e-Olimpo e ela encontrou o filho de Cronos…"
"'Olimpo' é utilizado quase sempre como casa, mas ouranos muitas vezes refere-se ao céu natural acima de nós, sem qualquer sugestão de deuses vivendo lá," William Sale comentou;[3]
Sale concluiu que a primeira sede dos deuses era o atual Monte Olimpo, tendo a tradição épica no tempo de Homero mudado a sua residência para o céu, ouranos.
Pelo sexto século, quando a "Afrodite celestial" estava a ser distinguida da "Afrodite comum do povo", ouranos significava apenas a própria esfera celeste.
Cônjuges e filhos
Toda a descendência de Urano originou-se de sua união com Gaia, exceto Afrodite, nascida quando Cronos o castrou e arremessou os genitais mutilados ao mar (Tálassa).
- Ciclopes, gigantes de um olho só
- Hecatônquiros, gigantes de cem braços e cinquenta cabeças.
- Titãs, deuses anciões
- Erínias (Fúrias para os romanos)
- Melíades, ninfas nascidas do freixo
- Afrodite
Planeta Urano

Os antigos gregos e romanos sabiam de apenas cinco 'estrelas errantes' (em grego: πλανήται, planētai): Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Na sequência da descoberta de um sexto planeta no século XVIII, o nome Uranus foi escolhido como o complemento lógico para a série: para Marte (Ares, em grego) era o filho de Júpiter (Zeus), este, filho de Saturno (Cronos), e este, filho de Urano.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Urano_(mitologia)
Com um abraço estrelado,
Janine Milward