SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 12
URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA
O REVIRÃO DA VIDA
Oposição de Urano em trânsito ao Urano natal
VISÃO SUBJETIVA
O Redesenhamento da Vida de cada um de nós
janine milward
Se fusionarmos os conceitos sobre o Oito
do Sol e sobre a Mandala do Tai Chi aos conceitos do Trem da Vida, poderemos
observar que sempre, sempre, os ciclos de nossa vida e da Criação como um todo
vão encontrando suas conclusões e que seus novos começos sempre pressupõem o
movimento do retorno e também quando acontecem as interseções entre o ciclo que
recomeçou e sua plenitude de realização encontrando sua conclusão.... tudo isso
nos traz, inevitavelmente, inexoravelmente, um redesenhamento da vida de cada
um de nós, sem dúvida alguma.
Não podemos nos esquecer que nosso Risco do Bordado, nosso
mapa astral natal, em si mesmo, já é um conjunto de situações de conclusões de
ciclos anteriores - já que é formado, arquetipicamente em seu Baile de Arquétipos,
pela síntese de um pequeno acúmulo de algumas vidas passadas a serem
revivenciadas dentro de nossos Vagões do Trem da Vida, nessa encarnação, no
sentido de resgatar Karmas e Samskaras anteriores - ações e reações em
potencial.
Porém, desde nosso momento de primeira inspiração e de
primeira expiração, esse Risco do Bordado acaba se tornando uma realidade
tangível e cheia de vida! O nascimento de uma pessoa vem lhe imprimir o seu
movimento de retorno da Luz! Sendo
assim, todo o conjunto arquetípico apresentado pelo mapa astral natal vem nos
falar de conclusões de ciclos anteriores, de vidas anteriores, sim, mas vem
também, ao mesmo tempo, trazer nova luz à todas essas questões, trazer-lhes
outras cores, outras situações, outros tempos, outras realidades de vida
planetária! E é certo que nossa Alma
sempre traz consigo a mente sintetizada de toda sua trajetória de vida dentro
desse universo em que vivemos. E
portanto, ao entrar nessa encarnação de aqui-e-agora, nossa Alma possui uma
maior ampliação de mente, ou seja, uma compreensão mais clara, mais
transparente, mais consciente a respeito de suas vidas passadas em suas
conclusões demonstradas no Risco do Bordado da vida de hoje!
Sendo assim, ao longo do desenvolvimento de nossa vida
atual, sempre vão existir os momentos em que os resgates de Karmas e de
Samskaras de vidas anteriores apresentadas em nosso Risco do Bordado precisarão
ser vivenciados - e muitos deles acabam realmente sendo inteiramente
extorquidos, aniquilados, expropriados de nossa vida atual - que bom!
Então, sempre que acontecem essas questões, adentra o
momento da Interseção de energias arquetípicas a funcionarem em nossa
vida. Trocando em miúdos: sempre que
realmente conseguimos aniquilar resgates de Karmas e Samskaras de vidas anteriores
programados por nossa Alma junto ao Tao da Criação para assim acontecer dentro
de nossa vida atual, alcançamos a plenitude do Elemento Yin ou do Elemento Yang
- aquele que estiver atuante no momento -, e dessa forma, existe o aprontamento
para adentrarmos a situação oposta e complementar: a plenitude do Elemento Yin
faz brotar o Elemento Yang... e vice-versa.
No entanto, esse momento mínimo, efêmero, quase
imperceptível em nossa vida, é o momento da Interseção dos Caminhos, o lugar
onde a cobra morde a cauda, o Ourobouros, digamos assim, o lugar onde a eterna
mutação acontece e o retorno da luz acontece e a vida continua... porém de forma inteiramente diferente de um
mínimo momento anterior, ainda antes da Interseção dos Caminhos.
Aqui encontramos, pois, o Revirão da Vida.
Podemos perceber, portanto, que o Revirão da Vida comporta
em si - sincronicamente e simultaneamente - o passado, o presente e o
futuro. A verdade é que também o Trem da
Vida todo o tempo vem correndo em seus trilhos de passado, presente e futuro
entrelaçados sincronicamente e simultaneamente.
Sendo assim, o Revirão da Vida nos acontece todo o
tempo! Apenas que ora nos acontece de
forma quase que imperceptível - ou mesmo inteiramente imperceptível -, ora nos
acontece em pequenos ciclos, ora nos acontece em ciclos médios, ora nos
acontece em grandes ciclos, ora nos acontece em imensos ciclos - abrangentes
para encarnações ainda antes dessa nossa encarnação de aqui-e-agora, e
possivelmente, também para encarnações futuras!
Estamos todo o tempo do passado, do presente e do futuro
sempre entrelaçados sincronicamente e simultaneamente dentro da relação
homem-céu-terra, vivenciando nosso Revirão da Vida. Estamos todo o tempo de nossa vida resgatando
Karmas e Samskaras de vidas passadas - tanto os positivos quanto os negativos
-, e ao mesmo tempo, estamos sempre tecendo nossos Karmas e Samskaras das vidas
futuras - tanto os positivos quanto os negativos.
No entanto, é possível que sempre exista, dentro de cada um
de nossos tantos e tantos Revirões da Vida, a imensa possibilidade de sempre
estarmos podendo ampliar nossa consciência!
Assim fazendo, aprontamos nosso espírito e nossa alma para melhor
acionarem nosso ego no sentido de bem vivenciarmos nossos Revirões de Vida e de
bem colhermos seus frutos mais amadurecidos de forma a selecionarmos suas
sementes bem realizadas para que essas possam ir nos fazendo galgar os degraus
de nossa longa escada da vida, da Roda da Vida, a Samsara.
Lao Tse nos diz, em seu Capítulo 64 do Tao Te Ching, o
Livro do Caminho e da Virtude:
Uma longa
jornada começa debaixo dos pés.
Ao longo de nossas existências e não-existências dentro da
Roda da Vida, a Samsara, assim como nós a conhecemos, vamos colhendo nossos
frutos maduros de vida após vida e vamos semeando nossas sementes que nascerão
de novo... até que finalmente, essas sementes poderão ser denominadas de
sementes queimadas, ou seja, não mais nascerão: não mais existem Karmas nem
Samskaras - ações e reações em potencial - negativos a serem resgatados! E certamente, já estaremos com nossa
consciência de tal forma iluminada e ampliada que não mais criaremos Karmas nem
Samskaras ainda a serem resgatados em vidas posteriores. Sendo assim, se tudo tiver dado certo, o
fruto que estaremos colhendo será o fruto da total realização de nosso Caminho
da Iluminação e de nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade, ou seja, saímos
da Roda da Vida, a Samsara, assim como a conhecemos. Nesse momento, poderemos estar escolhendo se
nos tornamos um Bodhisattva - um ser de compaixão que retorna à encarnação para
ajudar todos os seres se iluminarem e se liberarem... -, ou ajudamos a
sustentar a luz alquimizadora de vida de nosso Sistema Solar como um todo; ou
partimos para fundamentarmos um novos sistema solar, para nos tornarmos uma
nova estrela que nasce e que forma a vida em torno de si.
O lugar, ou momento, da Interseção dos Caminhos é onde ou quando existe um equilíbrio
absolutamente perfeito entre a dualidade existente dentro da Mandala do Tai
Chi, entre o eterno retorno entre o Sublime Yang e o Sublime Yin.
Nesse lugar, nesse momento, existe o Vazio. O Vazio é o lugar do Absoluto, do Uno
Primordial, do Tao da Criação. Lao Tsé,
o Mestre do Tao, nos diz em seu Capítulo 4 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho
e da Virtude:
O Caminho é o
Vazio
E seu uso
jamais o esgota
É
imensuravelmente profundo e amplo,
como a raiz dos
dez mil seres
Assim, existem momentos ou lugares quando e onde a
Interseção dos Caminhos leva o ser a se fusionar plenamente ao Tao da Criação -
através o Vazio. Srii Srii Srii
Anandamurti sempre nos diz:
A meta da
vida humana é se fusionar a Paramapurusa, ao Tao da Criação, a Deus.
E existem momentos ou lugares quando e onde a Interseção
dos Caminhos leva o ser a assumir ou a entrada no Sublime Yang e ali buscar sua
plenitude dentro da Luz ou assumir a entrada no Sublime Yin e ali buscar sua
plenitude dentro da Não-Luz - e sempre, sempre, ainda fazer atuar o eterno
retorno, a eterna mutação.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward