Sobre Urano, o Despertador da Consciência mais elevada, e os Temas a serem apresentados neste capítulo/volume





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 12


URANO E SEUS CICLOS, NA ASTROLOGIA






Bright Clouds on Uranus

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 Bright Clouds on Uranus





"Mutilação de Urano por Saturno", por Giorgio Vasari e Cristofano Gherardi

 Urano, 
o Despertador da Consciência mais elevada


janine milward


Urano é o Planeta que traduz nossa mente em termos mais elevados, em dimensões mais amplas, atuando intensamente a Ponte que foi realizada por Quíron enlaçando o mundo da concretude, estabelecido pelos Luminares e pelos Planetas Pessoais e Sociais - até Saturno - com o mundo da não-concretude, estabelecido a partir de Urano e sendo seguido por Quíron e por Plutão, os Planetas Transpessoais ou Universais. 

O desejo da Alma de vir à encarnação e vivenciar seus resgates de Karmas e Samskaras a partir do acúmulo de vidas anteriores expressadas através do Risco do Bordado, do mapa astral natal, é tão somente um desejo de ampliação de sua mente, mente essa  advinda do Tao da Criação.

A cada encarnação existe para nós a grande potencialidade de expansão de nossa mente, de iluminação da mesma, degrau por degrau, passo por passo, encarnação por encarnação.

Esse desejo primordial da Alma - o de expansionar sua consciência até torna-la infinita e iluminada e então poder fusionar-se ao Tao da Criação, à Paramapurusa, a Deus - é expresso através o arquétipo uraniano que reside em nosso Risco do Bordado.

Essa ampliação de nossa consciência é fundamental no sentido de nos aprofundar em nosso auto-conhecimento e na conscientização plena acerca de quem somos nós e quais são nossas missões de vida a serem cumpridas.

Portanto, é também através do arquétipo uraniano que nos encontraremos com nossas rupturas em relação a tudo aquilo que precisa ser  redesenhado dentro de sua aparente permanente preservação (afirmada e reafirmada através  a aglutinação dos arquétipos pessoais e de identidade pessoal e sociais, fundamentalmente através Saturno, aquele que sempre apresenta os limites, as definições, a preservação e a boa manutenção de tudo).  E por isso mesmo, seja através das rupturas agidas de dentro para fora ou de fora para dentro - interiores em nós ou exteriores a nós - esses cortes guilhotinais (e muitas vezes inteiramente inesperados) acionam nossos revirões de vida, dos menores aos médios e aos maiores.

É sempre através dos lugares de Urano natal e de Urano em trânsito (ou Urano dentro dos mapas coadjuvantes) que encontramos nosso referencial para nosso grande Revirão de vida. 

Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz em seu Capítulo 53:

O Grande Caminho é bem  tranqüilo
Mas os homens gostam bastante de trilhas

A grande missão de Urano em nossa vida é de nos recolocar em nosso Grande Caminho.  E por isso mesmo, ao longo de nossa vida, enquanto estivermos caminhando por trilhas somente, ou mesmo um tanto distanciados de nosso real Caminho, Urano estará nos trazendo rupturas e mais rupturas, verdadeiros Revirões de vida, até que nos coloquemos em nosso Grande Caminho.

Essa questão nos acontece ao longo de bilhões de vidas, sendo que Urano nos traz seus cortes guilhotinais, suas rupturas, menores, médias e maiores, e Plutão nos traz a vida e a não-vida, suas metamorfoses e suas regenerações, menores, médias e maiores.

Ao realizar os grandes cortes, as grandes rupturas, Urano vai sintetizando tudo aquilo que ao mente vai amealhando ao longo de todas nossas vidas sucessivas.  Plutão, por outro lado, vai fazendo uma determinada triagem, deixando para restar no ontem tudo aquilo que não mais faz sentido em ser usado hoje e amanhã e depois-de-amanhã...  e ao mesmo tempo, vai buscando no ontem tudo aquilo que pode vir a ser uranianamente redesenhado e atualizado para ser vivenciado no hoje e no amanhã e no depois-de-amanhã.

Portanto, Urano, o despertador da consciência, e Plutão, o metamorfoseador e regenerador - ambos por mim denominados de Os Nitroglicerinados -, vão trabalhando juntos, sempre, em termos da evolução eterna de nossa Alma.  Quíron, a transcendência, estará nos trazendo a espiritualidade necessária para que possamos bem realizar essa evolução anímica.  Por isso mesmo, é sempre importante que vivenciemos nosso Quíron  dentro da objetivação da subjetividade do mundo da não-manifestação em bom nível - afastando as ilusões e os desenganos e os escapismos.
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Quando a alma vem para a encarnação, ela diz: Eu Farei; ao longo de sua vida aqui na Terra, ela diz: Eu Faço; quando de sua saída da encarnação, ela diz: Eu Fiz.  É bom que quando dissermos Eu Fiz, que isso vá significar real proficiência de cumprimento de metas da vida e real ampliação da consciência. Dessa forma, nossa vida seguinte poderá estar mais leve, menos carregada de situações de Karmas e Samskaras negativos - ações e reações em potencial - que nos leve e nos submeta a resgates e vivências por longos tempos....  ao contrário, que a gente possa logo logo se desembaraçar dos mesmos e continuar em nossa longa jornada de irmos ampliando mais e mais nossa consciência.

É somente nossa mente que levamos de uma encarnação à outra, somente nossa mente, somente nossa mente.  O quão máximo possível a gente puder ampliar a mente, em uma encarnação, melhor!  Nossa longa jornada - como nos diz o Mestre do Tao, Lao Tsé, fica mais encurtada, mais leve, mais consciente.... até nos tornarmos Bodhisattvas, um ser de compaixão que desce ao Planeta para ajudar as demais almas em suas encarnações a serem mais conscientes e tornar suas jornadas mais leves.

Para que nos tornemos Bodhisattvas, é preciso que não mais tenhamos quaisquer Karmas ou Samskaras negativos a resgatar!  E somente alcançaremos essa realidade através a expansão de nossa consciência para torna-la infinita e iluminada.  E essa é uma tarefa para Urano, o despertador da consciência mais elevada.

A meu ver, a principal ruptura trazida pelo arquétipo uraniano é a ruptura com o sentimento da permanência, é  a ruptura com o sentimento da superficialidade de pensarmos a vida como algo que existe apenas dentro do mundo da concretude, é a ruptura com o sentimento de que tudo apenas começou em nosso nascimento e que tudo apenas terminará em nossa morte.

Não. Nada termina com nossa morte: é apenas uma continuidade da vida, porém, em outra dimensão.  A visão de que tudo termina na morte é uma visão de efemeridade.  A visão de que o fio da vida é infinito, é uma visão de eternidade.

A partir de Urano, podemos compreender mais claramente sobre as questões voltadas para a efemeridade e para a eternidade; sobre as questões voltadas para o mundo da manifestação e para o mundo da não-manifestação; sobre as questões voltadas para a ilusão de Maya e para a verdadeira Maya, aquela que traz em si Prakhtri, operando a realidade do mundo da existência que sempre é advindo do mundo da não-existência. 

Sempre tudo acontece através do deslocamento e da condensação... que se traduzirá em novo deslocamento. Do mundo da não-manifestação ao mundo da manifestação e do mundo da manifestação ao mundo da não-manifestação. Do sutil ao denso e do denso ao sutil: o ciclo de Brahma, o ciclo da eterna mutação dentro da Criação...  porém tudo apenas revela o Desejo do Amor advindo do Tao da Criação, que não tem qualquer exteriorização, apenas interiorização absoluta... e por isso mesmo, pode fazer movimentar o Desejo da Criação.


TEMAS A SEREM APRESENTADOS
neste capítulo/volume:




Créditos do Capítulo 12

O desenho da Mandala da Transcendência foi criado e realizado por Maria Cecília Castello Branco.

A foto de Janine em seu trem da vida, foi feita por Cecília, em viagem realizada no miolo do ano de 1996, no trenzinho simpático vindo de São João Del Rey e indo para Tiradentes.

A foto do Sítio das Estrelas é de Janine.

As Informações pertinentes à Astrologia em suas Efemérides e em seus  gráficos astrológicos são extraídas do programa SolarFire 3.5.

Em relação aos Símbolos - retirados do livro Uma Mandala Astrológica, de Dane Rudhyar, Editora Pensamento, São Paulo, a partir do trabalho de Marc Jones.

Em relação às Estrelas Fixas - retiradas do livro de Vivien E. Robson, The Fixed Stars and Constellations in Astrology, Samuel Weiser, New York, USA; e do programa astrológico para computador, Solarfire 3.5. 

No entanto, para os Textos de Símbolos, Janine Milward fez a síntese de cada um dos seus  360 graus simbólicos; e para os Textos de Estrelas Fixas e Constelações, Janine Milward fez a tradução livre e a síntese.

Síntese do texto sobre a Cosmogonia grega realizada por Janine e extraída de fascículos da Coleção sobre Mitologia, da Abril Cultural, décadas de 60/70.

Tradução literal de Janine Milward de Azevedo sobre o artigo "Home, Sweet Spheres" de Samantha Beres, publicado na revista Astronomy, em forma de encarte com fotos da Nasa, em sua edição de março de 2001, Kalmbach Publishing Co., WI, USA.

Tradução livre de Janine e extraído de partes sobre Sol e Lua e Planetas constantes do Atlas The Hamlyn Encyclopedia of Stars and Planets - Edited by Storm Dunlop.

Alguns versos de alguns Capítulos do Tao Te Ching, de Lao Tse, são extraídos da tradução de Wu Jyh Cherng, Editora Ursa Maior, São Paulo, livro hoje publicado pela Editora Mauad.


As palavras de Srii Srii Anandamurti são colhidas em seu livro A Graça do Senhor, Editora Ananda Marga, São Paulo, Brasil.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti 





Quem sou eu

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Sou uma estudiosa de alguns aspectos da vida.